Jorge, um caboquinho baixo, olhos miúdos, cabelo pichain, trabalhadorzinho como diabo, chegado a Várzea-Alegre vindo da Paraíba, enamorou-se de Imaculada, filha de João Riduzino.
Depois de 15 anos de namoro resolveram se casar e formaram um lar. Com apenas três meses de casados Jorge bateu a biela, morreu empanzinado com uma buchada de bode e, o mundo acabou pra Imaculada. A mulher vivia chorando pelos cantos da casa.
Depois de 15 anos de namoro resolveram se casar e formaram um lar. Com apenas três meses de casados Jorge bateu a biela, morreu empanzinado com uma buchada de bode e, o mundo acabou pra Imaculada. A mulher vivia chorando pelos cantos da casa.
Mandou fazer uma estátua de camaru com as características da imagem e semelhança do Jorge e colocou no lado da cama.
Mas, você sabe como é o tempo, se esvai e junto com ele vão-se as lembranças e, Imaculada terminou se casando novamente com Chico de Mané Chico, o primeiro pretendente que apareceu em sua frente. Primeira providência tomada foi retirar a estatua do Jorge do quarto para outra parte da casa.
Um dia de inverno frio, a domestica não tinha lenha seca para fazer o fogo e bateu na porta do quarto: Dona Imaculada, não tenho lenha seca pra fazer o fogo, o que eu faço?
Lá de dentro, uma voz espremida de quem estava sendo arrochada ou se espreguiçando respondeu pausadamente: Laaaasque o Jorge.
E assim mesmo. Quando a Antônia de Canela apareceu gravida já viúva ha três anos uma amiga perguntou : Teu marido num morreu? Como é que tu estas grávida? A resposta veio em cima da bucha : quem morreu foi ele.
ResponderExcluir