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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A nova geração dos Príncipes da dinastia Orleans e Bragança


Fonte: revista VEJA – Por Renato Onofre

Membro da família real brasileira, Luiz Philippe de Orleans e Bragança diz em livro que o país saiu dos trilhos ao se afastar da cartilha liberal do Império
CARA OU COROA - Orleans e Bragança: “A solução é um Estado mínimo” (Jonne Roriz/VEJA)

Seu livro, publicado pela Novo Conceito, questiona no título: Por que o Brasil É um País Atrasado? Qual a resposta? Historicamente, a percepção geral fomentada pelos agentes do governo e por setores da sociedade é que se trata de um defeito do povo brasileiro. Somos bombardeados com um mantra de que o atraso é um problema cultural intrínseco à nossa etnia e religião. Não tem nada a ver. Somos atrasados porque nossas oligarquias tomaram decisões que nos levaram para o caminho errado.

Que decisões? Começou a dar errado no fim do século XIX, quando a oligarquia deu um golpe de Estado e assumiu o poder por meio da Proclamação da República. Ali se jogou fora a Constituição mais liberal que o Brasil já teve. Pedro I organizou um Estado com separação de poderes, direito do indivíduo e de propriedade. Era um Estado liberal na sua essência.

O senhor diz que o modo como o Estado brasileiro se organiza é o problema. Qual seria a saída? A solução é um Estado mínimo, descentralizado, com unidades federativas autônomas.

A volta da monarquia seria um caminho? O movimento monarquista cresceu muito. Em 1993 (ano do plebiscito que manteve o sistema presidencialista), eu estava seguindo meus tios e dava para ver que não era ainda um movimento orgânico. Era cedo. Desde então, ampliou-se em alguns setores uma boa percepção sobre a monarquia. (...)Meu avô foi chamado pelos militares, em 1967. Eles pegaram o avião, pousaram na fazendinha dele lá no Paraná e o convidaram para ser um novo monarca em um novo sistema. Ele disse não. Tinha a noção de que não poderia ser algo imposto. A volta teria de ser por aclamação popular.
Fonte: revista VEJA, de 20-09-2017.

2 comentários:

  1. NOTA DE ESCLARECIMENTO DO PRÍNCIPE DOM LUIZ PHILIPPE

    Após a repercussão da entrevista que concedeu à revista “Veja”, publicada na última edição do periódico, S.A.R. o Príncipe Dom Luiz Philippe de Orleans e Bragança achou por bem emitir, através de sua página no Facebook, a seguinte nota de esclarecimento, que a Pró Monarquia – Casa Imperial do Brasil reproduz integralmente:

    Sempre que dou entrevistas ocorrem distorções de contexto. Na maioria das vezes sem maldade. Eu nunca disse que a Monarquia é "apenas um rótulo”. O que falei foi que a definição de Monarquia, na Grécia Antiga, é o governo de uma só pessoa, e isso não exprime o que é um governo monarquista, pois ele não é um governo de uma só pessoa, pois existem vários poderes independentes, como do Monarca, do Primeiro Ministro, o Legislativo e o do Judiciário. Portanto, eu disse que a Monarquia é "rótulo de uma estrutura de poderes independentes”.

    O segundo ponto foi sobre a redução pejorativa do conceito "Estado mínimo". Falei que minha concepção de Estado, leia-se União, se deve ater à segurança, justiça e às demais competências devem ser dos estados e municípios.

    Outro ponto polêmico foi a citação dos meus tios. O repórter me perguntou por que o movimento monarquista cresceu tanto, e respondi que ele, o movimento, está espontâneo e cresceu muito além da capacidade do que foi estruturado, e nem os meus tios, pela avançada idade, estavam preparados para atender a demanda desse movimento tão grande.

    Pouco do que disse resistiu ao poder de síntese. Foram duas horas e meia de entrevista e, infelizmente, nem sempre o resumo interpreta o que foi dito de forma correta.

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  2. Esses príncipes precisam disseminarem a monarquia. A republica está degradada e apodrecida, mas pouca gente conhece a monarquia.

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