No início da década de 60 do século passado, eu tinha lá meus 9 anos li na última página da revista O Cruzeiro um texto da Raquel de Queiroz.
Ela dissertava sobre o isolamento entre as pessoas e, contava a historia de dois empresários que viajaram de São Paulo para os Estados Unidos sentados em poltronas vizinhas e não trocaram uma palavra. Quanto mais rico, mais poderoso e importante mais isolado e menos cordial.
Mostrava o contraste com a gente humilde nordestina, quanto mais simples mais solidaria e hospitaleira. Como exemplo os futuros vizinhas ao chegar na nova morada, antes de descarregar a mudança, na nova morada a vizinha já se achegava com uma bandeja cheia de xícaras, um bule de café e bolo de milho para oferecê-los.
Hoje, a humanidade padece de outras invenções. Se alimenta da comunicação, e, apesar dos mecanismo que dispõe, vive assombrada e com medo.
Um aceno, um alô, um riso pode ser visto como assédio, falta de respeito e intromissão na liberdade alheia.
Aumentam as facilidades para comunicação entre as pessoas, e, a humanidade vive cada vez mais isolada.
Um aceno, um alô, um riso pode ser visto como assédio, falta de respeito e intromissão na liberdade alheia.
ResponderExcluirCertamente, um texto escrito há décadas revela uma realidade bem atual.
ResponderExcluirO tempo, o dinheiro, a vaidade. Variáveis que distanciam cada vez mais o ser humano.
Muito perspicaz a alusão ao texto da nossa conterrânea.