A Polícia Federal fechou o inquérito sobre as suspeitas que rondam o PMDB da Câmara. Reuniu indícios de que a ala do partido liderada por Michel Temer cometeu crimes em série para amealhar “vantagens indevidas”. O rol de encrencados inclui duas categorias de políticos: os que dispõem de foro privilegiado e os presos.
Estão protegidos pelo escudo do foro especial, além do próprio Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Estão atrás das grades o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha.
A PF resumiu o miolo da encrenca numa nota: ''Integrantes da cúpula do partido, supostamente, mantinham estrutura organizacional com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública direta e indireta.”
O texto empilhou os crimes supostamente cometidos: “O grupo agia através de infrações penais, tais como: corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas, entre outros crimes cujas penas máximas são superiores a 4 anos.''
No Supremo Tribunal Federal, o processo sobre a redução da amplitude do foro privilegiado completa nesta segunda-feira 103 dias na gaveta do ministro Alexandre de Moraes. Indicado para a Suprema Corte por Temer, ele pediu vista dos autos e prometeu devolvê-los rapidamente para que o julgamento fosse retomado. As conclusões da Polícia Federal ajudam a entender sua demora.
O foro é imoral. Um meio de permissão para os ministros do STF ampararem e protegerem os seus amos.
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