Ignorando o passado e o futuro, o tempo nos condena a um eterno presente. Importa o novo, o atual. O mundo tem pressa e tudo acontece de forma muito rápida.
No futebol, por exemplo. As copas do mundo é que ditavam as novas tendências na estruturação de jogo.
Esperavam-se inovadoras reformulações, de quatro em quatro anos. Quem não se lembra do romântico 4-2-4 do Brasil e duas copas conquistadas ?
E o nosso espanto diante do 4-4-2 dos ingleses na copa de 1966, sem os extremas especialistas ? Impacto maior causou o carrossel holandês de 1974.
Cruyff, dentro de campo, e Rinus Michels, como técnico, trouxeram um sistema em que os jogadores não tinham posições fixas e sufocavam o adversário tirando-lhe o espaço.
A “laranja mecânica” parecia uma alcateia de lobos famintos pela bola.
E as copas seguiram cumprindo papel importante nos conceitos revolucionários na maneira de jogar. Agora, não mais. As novidades não carregam a marca da paciência. O que é novo não consegue esperar por um torneio de seleções.
Agora, os clubes é que dão a bola. Para melhor entendimento: os maiores clubes do mundo estão concentrados na vetusta Europa. Com o poder de adquirir os maiores jogadores do planeta, times como Real Madrid, Barcelona, Bayern, Chelsea, PSG, Manchester City e outros passaram a propagar as novas ideias na arte de jogar futebol.
Todo dia e, não mais, de quatro em quatro anos.
Treinadores , como Pep Guardiola por exemplo, mapearam todos os esquemas inventados e geometrizaram o movimento de jogo de forma bonita e eficaz. No Barcelona, é indiscutível que ainda hoje persiste a herança genética da Holanda de 1974.
Graças à contribuição de Rinus Michels e Cruyff e a sequência dada por Guardiola. Num jogo em que venceu o Manchester United por 3 x 1, em 2011, no Estádio de Wembley, pela Liga dos campeões, em 773 passes executados, o Barcelona acertou 692.
Taxa de sucesso de 89%. Um espanto.
O que a Copa da Rússia trará, que ainda não foi inventado?
Wilton - O blog agradece sua colaboração.
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