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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Crônica do fim-de-semana (por Armando Lopes Rafael)

Existem esperanças para esta república brasileira?  
                  É difícil responder. Pela primeira vez na nossa centenária história republicana, a fase pré-eleitoral não traz esperança nenhuma de melhora para o ano seguinte. Ou seja, para 2019. A única arma que os eleitores têm é o voto. Mas o Congresso Nacional só age em função do interesse dos deputados/senadores. Nenhuma voz se levanta para defender os interesses da população. Não se vislumbra, pois, mudanças nesta eleição de 2018. Os partidos políticos estão se desmanchando no caldeirão da corrupção. Os candidatos lançados não empolgam a população. Não vimos, até agora, nenhum candidato com postura de estadista, aptos a galvanizar a população. Quem insistir em escolher um candidato para votar vai ter de optar pelo “menos ruim”.

      Aproximadamente 70 milhões de brasileiros vivem nos grotões da miséria e do atraso. A mídia noticia diariamente: a bandidagem tomou conta desses guetos. Os meliantes enriquecem com a venda de drogas; com o roubo das mercadorias transportadas por caminhões; com os sequestros e com os  assaltos a bancos, lojas, transeuntes e residências. Do outro lado estão as “milícias”, as quais – segundo as denúncias -- são administradas por policiais corruptos que vivem da extorsão dos cidadãos indefesos.

          A maioria diz que esse quadro decorre da falta de educação. Eu digo simplesmente que vem da crise moral da própria população brasileira. Pois temos exemplo de educação de nível superior, onde as universidades públicas são “patrulhadas” pela “esquerdona troglodita”. Nenhum professor dessas universidades tem coragem de proclamar-se publicamente como um “liberal”, sendo inimaginável algum deles afirmar-se “de direita”. Ninguém – professores ou alunos –  ousa questionar a cartilha marxista-gramsciana que deita e rola no ensino dessas universidades mantidas com os impostos pagos pelos brasileiros. Ali, as panelinhas ideológico-partidário-sindicais dominam o corpo docente dessas instituições. E o   corpo discente está emudecido. Sem coragem de contestar o ensino de luta de classes pregado pelos mestres.  Nessas universidades é imposta uma censura de silencio quase marcial, pois todos (professores e alunos) temem retaliações contra quem pensa diferente do status quo das universidades patrulhadas ideologicamente.

             Enfim, o Brasil chegou a tal ponto de degradação política e moral que seria um verdadeiro milagre se os eleitos no pleito de 2018 fossem ao menos pessoas honestas.Como se dizia antigamente: Só Deus tem poder para mudar o triste estágio social em que vivemos...

2 comentários:

  1. O correto era não reeleger nenhum parlamentar. Renovação geral.

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  2. O mal irremediável é que os grotões da miséria e do atraso (que recebem o "Bolsa-Esmola") são massa de manobra dos políticos corruptos, muitos ligados à esquerda troglodita que não se incomoda com a decadência do Brasil.

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