UMA IDEOLOGIA PRA VIVER - Por Wilton Bezerra comentarista esportivo da Tv Diário e Rádio Verdes Mares.

Cazuza, numa canção, implorava por uma ideologia pra viver.

Ideologia demais enlouquece, vociferam muitos.

Politica é um terreno pantanoso para este limitado escriba.

Me espanta essa atividade que, como disse Oto Lara Resende, é o ato de meter a mão na merda.

O Dr. Mozart Cardoso de Alencar, médico, poeta e ex-prefeito de Juazeiro do Norte, definiu a política em versos:

“A política é uma cachaça.

Que dos avós a gente herda.

Quando se ganha é uma bosta.

Quando se perde é uma merda.”

Mas, para quem observa a política, obedecendo uma distância regulamentar, não entende e estranha como as engrenagens funcionam, apesar das muvucas.

É uma rede de intrigas e traições. As maiores estão no poder, claro.

Quero me referir às questões ideológicas.

Disse, em abordagens passadas, que essa dicotomia esquerda e direita, não existe mais.

Assim com centro disso e daquilo, também, não.

Não passam de rótulos tão falsos como programas de partidos.

É o que me parece, nessa mistura de coisas ruins com o que não vale nada.

Preocupações com o próprio umbigo e olhar distante da coisa pública.

As incertezas estão no ar. Visão de um não-especialista na matéria, acrescento.

Norberto Bobbio, escritor e político italiano, assegura que direita e esquerda existem, sim, e deita seus conhecimentos em cima do assunto.

Mal começo a leitura de alguns textos e desisto, nocauteado pelo cansaço de dedicar tempo a uma coisa que não enxergo.

É lama que não acaba mais na arte de enganar.

Se um chiqueiro de porcos for escolhido para as refregas, as “ideologias” encontrarão um campo de jogo ideal, com medidas internacionais.