Ostentar poder é um perigo.
De forma automática, a atitude gera movimentos para destruição desse mesmo poder.
Em uma consulta ao seu médico ou analista, o manda-chuva certamente será orientado para usar o poder com moderação.
É nesse ponto onde reside o parangolé.
Muitos poderosos desse país estão descendo pela rampa do fracasso porque se lambusaram com o leite e o mel do afrodisíaco.
Se acharam suficientemente grandes para casar, batizar, prender, soltar e rasgar dinheiro dos outros.
O sentimento de grandeza desumaniza o ser, segundo Nelson, que é Rodrigues.
O que se passa no Brasil atualmente, é muito estranho.
Desconfio que a sociedade, o estado e a nação enlouqueceram e começaram a beber em direção ao fim, perdulários com a vida.
Um ex-presidente dá de costas para uma ordem de prisão.
Esnoba o “teje preso” e, depois, carnavaliza a rendição, com discurso e uns goles, que ninguém é de ferro.
Ex-ministro, poderoso em governo recente, estabelece um ritual de despedida surreal.
Dança, abraça os amigos e serve a própria bebida em uma festa onde se despede da liberdade rumo à prisão.
E admite: da cadeia, não saio mais.
Outros espetáculos dantescos não saem de cartaz, emblematizando o esporte da corrupção.
Muitas vezes, me pergunto: isto está acontecendo mesmo ou o escriba é que andou bebendo muito?
Esclareço que não bebo andando, prefiro sentado.
Ultimamente, estou privado até da inofensiva cervejinha.
Tudo é verdade, embora muito estranho.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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A humildade triunfa sempre. Orgulho, arrogância e prepotência não leva a lugar algum.
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