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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 12 de abril de 2018

PACTO DE CIVILIDADE - Antônio Gonçalo de Souza.


Um país como o Brasil, com uma desigualdade social e econômica enorme, precisa sim de uma partidarização de esquerda. Mas julgo que, na forma que a esquerda tem atuado, é difícil haver um progresso sustentável nos avanços que o país precisa alcançar. 

Por que?:
Primeiro ponto: o governo que assumiu o poder em 2003 (PT) negociou com os grandes empresários as benesses, os cargos e as propinas; 

Segundo: esse mesmo governo, se aliou às forças classistas e sindicais, que se tornaram "pelegas", portanto, impedindo uma fiscalização mais efetiva das ações de mudanças, que eram imprescindíveis depois da adoção do Plano Real;

Terceiro: as adesões classistas aos governos do PT desestruturaram o progresso trabalhista, uma exigência crescente com a forte inclusão de novas tecnologias nos processos de produção;

Quarto: Os governos ditos de esquerda (PT, PSOL, PC do B, etc) se aliaram e foram cúmplices das siglas direitistas e liberais (PMDB, DEM etc), os mesmos que lhe deram o golpe de misericórdia com a destituição da ex-presidente DILMA;

Quinto: agora que o chefe maior da esquerda ( Lula) está condenado e preso, essa corrente acusa a justiça de injusta e se esquece de que a benevolência que ela quer para seu ídolo  (liberdade na 2ª instância) poderá beneficiar os outros corruptos da direita, que roubaram junto com a esquerda e devem ser punidos exemplarmente.

Sexto: os esquerdistas liderados pelo PT dizem que defendem a democracia, mas ao longo do tempo mostram-se fanáticos por regimes suspeitos adotados em países como Cuba, Venezuela, Colômbia, etc.

Resumindo: a esquerda tem que ser coerente, mostrar seus planos, ser correta (que é obrigação), defender programas de inclusão social, recomposição da economia, cuidar do patrimônio da nação e, principalmente, não querer se juntar com a direita. A menos que seja para um pacto de civilidade (que é o ideal).

2 comentários:

  1. Civilidade a esquerda brasileira não sabe o que é. Democracia é quando manda. Ditadura quando deixa de mandar. Quando a lei não é decidida a seu favor não reconhece e não respeita.

    A representação já não é esse balaio todo e depois da eleição de outubro proximo, depois das lambanças que está promovendo, será eliminada politicamente, sem deixar saudades.

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  2. Muito bom, Gonçalo... É por aí, com certeza!

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