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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 23 de agosto de 2020

NATURALIZANDO A PANDEMIA - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Repito sempre que não ignoro o valor das estatísticas; a minha bronca vem do fato de que elas banalizam tudo. Vejam como as perdas humanas da pandemia estão virando estatística; meros números, como se tudo pudesse ser resumido dessa forma.

Isso decorre da forma como as pessoas passaram a encarar o contágio, decidindo pela fuga do isolamento, sem demonstrar mais o receio inicial.Advertido por sair de casa, correndo perigo de contrair o vírus, o cidadão reage, à esta altura, com o recorrente: ‘E daí” ?

“ A minha paciência acabou, basta dessa prisão”, é desabafo de quem já está de saco cheio com a reclusão imposta. E fazem até piada: “Sabem por que o pardal não aprendeu a cantar? Para não viver preso na gaiola”.

De fato, esse presente lamentoso não dá mais Ibope nas conversas ou nos encontros entre aqueles que não respeitam a Covid-19. O comportamento atual se concentra em debater o futuro, o “novo normal” e um isolamento “excessivo”, que se destinou a poupar a precária estrutura de saúde do país.

Arautos de uma nova convivência e gente premonitória, são o pau que rola, nesses tempos contraditóriosAs pequenas alterações dos números da economia, para melhor, apontam que o melhor caminho é olhar para o futuro e pouco para o cenário presente.

Diante de tantas informações, algumas distorcidas, será que é isso mesmo?Eu, pelo menos, já estou quase encerrando os cinco meses de “concentração”.

Pode ser ou é ainda muito perigoso?

Um comentário:

  1. Eu não valorizo nem um pouco essa história de estatísticas ou coincidências. No jogo Brasil e Alemanha o Galvão Bueno que gosta muito destas superstições falava que o Amarildo que substituiu Pelé em 1962 vestia a camisa 20! Hoje fulano que entra no lugar do Newmar veste a camisa 20! Tomou só de 7 a 1.

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