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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 18 de janeiro de 2014

Racialização da crise - Por Ruy Fabiano


A tentativa de racialização da crise social brasileira, que integra a agenda politicamente correta da esquerda, é um dos atos mais hediondos já cometidos contra o país.

Antes de mais nada, porque, em vez de integrar raças e culturas – como diz pretender a Secretaria de Estado que leva esse nome -, desintegra, divide, hostiliza. É, portanto, um desserviço.

E é também um absurdo, quando se sabe que se trata de uma nação maciçamente constituída por mestiços. A própria esquerda não se cansa de proclamar que o branco brasileiro não é exatamente branco, se comparado ao europeu. Seria, no máximo, um branco de segunda classe, sem pureza ou pedigree.

A legislação brasileira que pune o racismo é possivelmente a mais dura do planeta. Basta que alguém chame um negro de negro para ser preso, sem direito a fiança e sem que haja prescrição do delito.

Pode-se xingar a mãe e os antepassados, mas não pode haver menção à cor. Se o negro, porém, chamar um branco de “azedo” ou uma mulher de “loura burra”, não há problemas.

A ministra da Integração Racial diz que o racismo do negro contra o branco “é natural”.

Combate-se o racismo de um lado só, o que transforma o que poderia ser um saudável processo de resgate cultural a uma raça que há mais de um século padeceu a escravidão em instigação à luta racial, inaugurando no país mais uma moléstia social.

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