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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marcos Valério está livre do voto do silêncio - Por Augusto Nunes


A coluna está de volta depois de quatro horas fora do ar. Foi o tempo suficiente para que o Supremo Tribunal Federal fixasse as penas que serão cumpridas por José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Há poucos dias, Lula anunciou que, juntamente com o chefe, todos os devotos da seita haviam sido absolvidos pelas urnas. Acaba de descobrir que urna não é toga.

A sorte da versão piorada de Pedro Malasartes, na precisa definição de Marco Antônio Villa, é que Dirceu, Delúbio e Genoíno jamais contaram o que sabem. Nem contarão. São obedientes ao mestre, são simultaneamente pais e filhotes do PT degenerado, são soldados em combate por uma causa: a eternização no poder. O problema é o quarto elemento.

Marcos Valério nunca militou no PT e não está subordinado a Lula. O pacto que garantiu a mudez do operador do esquema foi rompido pela condenação a 40 anos de cadeia. O julgamento do mensalão vai terminando. O completo esclarecimento da trama está longe do fim.

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