Estou cada vez mais convencido de que o apreciador de futebol deve procurar conhecê-lo em maior profundidade.
Se aprofundar na matéria é uma obrigação profissional para qualquer cronista.
Já o torcedor não gosta de muitas perorações e almeja o resultado.
Tenho observado muita gente falando de futebol sem abordar o jogo.
Um contrassenso.
Assim, procedem para mascarar o que não dominam do assunto.
Ou por outra, substituir a discussão sobre novas sistematizações de jogo pelo ufanismo do futebol aqui praticado, refratário às mudanças dos últimos tempos.
O tempo do “jogar e deixar jogar” sumiu há bastante tempo em função dos espaços suprimidos dentro das quatro linhas.
As retrancas saíram de moda para ceder lugar às modernas posturas defensivas.
E tudo continua mudando.
Tite tem localizado suas observações sobre a forma de jogar do Manchester City, dirigido por Guardiola.
Do tique-taque do Barcelona, o time inglês guarda pouca coisa.
Guardiola continua inovando ao juntar conceitos.
Entenderam?
Mas, há quem prefira visões ultrapassadas ao julgar que os novos estilos que envolvem tática, espaço e rapidez representam uma maldição para o futebol bonito.
Em certo momento, aceitei a tese de que a ditadura do futebol coletivo mataria o individualismo.
Os espetáculos do futebol das ligas européias me fizeram mudar o olhar.
O contexto atual mostra uma mistura de intensidade, com individualidade e ação coletiva.
A atualização, através do selecionado que Tite comanda, é uma oportunidade.
Por parte dos clubes continuamos bem atrasados.
Os comentaristas podem muito bem deixar de lado assuntos irrelevantes e abordar o jogo em si.
Quem gosta do futebol precisa fazer isso.
Quanto a técnicos brasileiros me admira a facilidade que há de se endeusarem, e a capacidade de se destruírem. Quantos nomes já vimos na vitrine e em breve tempo não se sabe mais que fim levou.
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