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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 6 de março de 2018

Vôte que carreira medonha - Postagem do Antônio Morais.

Na calçada da casa de Fático Fiúsa no sítio Buenos Aires, certa noite um grupo de amigos prosava contando aventuras, quando João Tibúrcio saiu com essa: Mais menino, um dia desses eu vinha descendo ali no corredor das Melosas, montado naquela burrinha cardã que eu apanhei de Dadí, quando menos eu esperei apareceu um veado na minha frente.

Eu esporei a burrinha e taquei o chicote nesse veado. Tome espora, tome chicote, eu só sei que fui deixar o veado lá no Coité.

Pé Véi que escutava a conversa interrompeu com um riso dizendo: Vote que carreira medonha! João Tibúrcio não gostou e perguntou: O que foi Pé Véi? Você acha que é mentira minha?

Não Senhor. Eu só tou é aqui imaginando o tamanho da carreira desse bicho, porque veado é bicho medonho pra correr, qui dirá tando debaixo de pêia.

Um comentário:

  1. No Buenos Aires, proximo da casa de Pé Vei, tinha o coqueiro muito alto. Olhando debaixo não se conseguia ver as folhas da copa. A esposa de Pé Vei estava adoentada e disse: Pé Vei eu so queria saber se voce vai deixar eu morrer e não vai tirar um coco para eu tomar a agua e melhorar dessa desidratação. Pé Vei se agarrou com o trono do coqueiro e foi subindo feito um bicho preguiça. Quando já dava para pegar o coco com a mão olhou pra baixo. Ora mais tá, escureceu o mundo e não viu nada tamanha era a distancia. Aí Pe vei pensou: Omi, tá mais facil eu morrer de uma queda dessa altura do que Mundinha deitada naquela rede se não beber a agua desse coco. Desceu sem tirar o Coco.

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