É
a mais antiga pendência judicial do Brasil. O atual Palácio Guanabara
-- o qual, na época do Império era chamado de "Paço Isabel" --, foi
construído com recursos particulares do casal Conde D’Eu–Princesa
Isabel, a Redentora.
O imóvel
foi ocupado por tropas militares (no governo Floriano Peixoto) na noite
do dia 23 de maio de 1894, quase cinco anos depois do golpe de estado
que instaurou a República no Brasil. Os legítimos donos nunca receberam
do Estado brasileiro nenhuma indenização.A legítima proprietária
recorreu à Justiça Republicana para reaver a posse do imóvel. Mas o litígio sem fim que se arrasta no Judiciário desde 1895.
O Palácio foi adquirido, em 1865, pela Princesa Imperial do Brasil,
Dona Isabel de Bragança, a Redentora, e seu esposo, o Príncipe Dom
Gastão de Orleans, o Conde d’Eu, com os 300 contos de réis do dote da
Princesa Imperial, condicionados pelo pacto antenupcial do Casal à
compra de uma residência, e com economias particulares do Conde d’Eu.
O Paço Isabel se tornou, portanto, a residência oficial da Princesa
Imperial na Corte, embora fosse sua propriedade particular (regida em
caráter extraordinário pelo regime dos morgadios), tendo o Casal e seus
três filhos lá residido até 15 de novembro de 1889.
Com o golpe militar de 1889 e o exílio da Família Imperial, todos os
bens do Imperador Dom Pedro II sofreram ameaça de confisco, e assim
foram confiscados ou tiveram sua venda forçada a preços vis. No entanto,
os Palácios de suas filhas, as Princesas Dona Isabel e Dona Leopoldina
(este último regido por um regime jurídico diverso do de sua irmã), não
foram confiscados até 1891, quando se editou o decreto nº 447/1891.
Após diversas tentativas, em que não logrou êxito na execução do
decreto, finalmente a ditadura do Marechal Floriano Peixoto o invadiu às
21 horas de 23 de maio de 1894, e saqueou o que lá encontrou. Após o
Governo Federal ignorar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de
que o decreto nº 447/1891 não tinha o condão de executar tal confisco, a
Princesa Dona Isabel – àquela altura, já Chefe da Casa Imperial do
Brasil, considerada por muitos como Imperatriz em exílio – e o Conde
d'Eu ingressaram com ação possessória, em 1895: assim se deu o início ao
processo mais antigo, ainda em curso no Judiciário Brasileiro.
Após muitos anos e “aventuras”, espera-se que o caso do Palácio
Guanabara seja julgado pelo Superior Tribunal de Justiça-STJ, ainda
neste semestre – embora penda de Recurso Extraordinário oferecido ao
Supremo Tribunal Federal-TF.
Esperamos que, enfim, seja sanada essa injustiça secular, como tantas
outras, originadas com a implantação da República, através do golpe de
15 de novembro de 1889.
(Baseado em postagem feita no facebook Pró Monarquia)
A republica precisa devolver além dos recursos materiais dos monarcas. Teria que devolver a decência, a honradez e caráter do povo brasileiro surrupiados pelos republicanos imorais e corruptos.
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