A ajuda financeira e moral que a Família Imperial Brasileira prestava aos pobres e necessitados no Rio de Janeiro (*)
Dom Pedro II e o pintor Almeida Júnior – A Família Imperial e sua longa tradição de ajudar talentos, os humildes e desamparados.
Publicado na “Revista da Semana”, do Rio de Janeiro, número especial, de 28 de novembro de 1925.
Quatro dias após a proclamação da República, a legislação brasileira recebia o seguinte decreto:
“Considerando que o senhor D. Pedro II pensionava de seu bolso a necessitados e enfermos, viúvas e órfãos, para muitos dos quais esse subsídio se tornava o único meio de subsistência e educação; Considerando que seria crueldade envolver na queda da monarquia o infortúnio de tantos desvalidos;
Considerando a inconveniência de amargurar com esses sofrimentos imerecidos a fundação da República;
Resolve o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil:
Artigo 1° — Os necessitados, enfermos, viúvas e órfãos, pensionados pelo Imperador deposto continuarão a perceber o mesmo subsídio, enquanto durar a respeito de cada um a indigência, a moléstia, a viuvez ou a menoridade em que hoje se acharem.
Artigo 2° — Para cumprimento dessa disposição se organizará, segundo a escrituração da ex-mordomia da casa imperial, uma lista discriminada quanto à situação de cada indivíduo ou à quota que lhe couber.
Artigo 3° — Revogam-se as disposições em contrário.
Sala das sessões do Governo Provisório, em 19 de novembro de 1889. — Manuel Deodoro da Fonseca — Aristides da Silveira Lobo — Rui Barbosa — Manuel Ferraz de Campos Sales — Quintino Bocaiuva — Benjamim Constant Botelho de Magalhães — Eduardo Wandenkolk”.
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Observação de um republicano perplexo:
— Não precisava ter colocado no túmulo de Pedro II (situado na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis) o epitáfio que lá existe. Sim, bastaria ter colocado a seguinte inscrição: "Pedro II, o Pobre". E, abaixo, tivesse gravado, na pedra de mármore, esse decreto do Governo Provisório. Governo que implantou a República no Brasil, através do golpe militar de 15 de novembro de 1889, e expulsando do solo brasileiro sua honrada Família Imperial.
(*) Fonte: Site Monarquia Brasileira. Postagem: https://quintoimperiobrasil.wordpress.com/2017/04/15/pequenas-historias-da-familia-imperial-parte-ii/
Fico a me perguntar como comparar a monarquia com a república atual. O sanado de uma e da outra. Como seria a composição do Supremo Tribunal Federal de ambas? Hoje a preocupação dos juízes é com quem os indicou e não com a pátria.
ResponderExcluirA resposta vem nos versos do poeta varzealegrense BIDIN.
Olhando a antiguidade,
A noite quando me deito,
Fico a sonhar sobre o leito.
Com o Brasil dos Andradas.
Ali a honestidade,
Nascia do Coração
Roubo, furto e estorção
Hoje é quem nasce primeiro
Em cada dez brasileiros
Tem oito ou nove ladrão.
A diferença entre o BRSIL IMPÉRIO e BRASIL “RÉ PÚBLICA” é verdadeiramente gritante...vejamos a diferença no ambiente das instituições.
ResponderExcluirA política do Império do Brasil ocorreu em uma monarquia representativa parlamentar através do qual o Imperador do Brasil era o chefe de Estado e o chefe de governo, nominalmente, embora o presidente do Conselho de Ministros ( o Primeiro Ministro) era efetivamente o chefe de fato e de um sistema multipartidário.
O poder executivo era exercido pelo governo. O poder legislativo era investido no governo e as duas câmaras da Assembleia Geral (ou Parlamento). O Poder Judiciário era independente do Executivo e do Legislativo. O Império do Brasil era dividido em 20 províncias e uma Cidade Neutra: Rio de Janeiro, a Capital Imperial.
Hoje os ministros do Supremo Tribunal Federal são indicados pelo “Presidente de Plantão” que não leva em conta o saber jurídico, independência e a competência dos indicados. Deu no que deu. O STF é uma instituição que, hoje, serve de gozação nas postagens das redes sociais.