Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 16 de março de 2016

Temer afastará do PMDB novo ministro escolhido por Dilma para Aviação Civil - Por Josias de Souza.


Os brasileiros testemunharão nos próximos dias um acontecimento inusitado. O vice-presidente Michel Temer, que também é presidente do PMDB, afastará da Executiva do partido e do convívio partidário o deputado federal mineiro Mauro Lopes. 

Fará isso depois que o parlamentar for empossado por Dilma Rousseff como novo ministro da Aviação Civil, nesta quinta-feira.

Deve-se a providência de Temer a uma decisão tomada pela Convenção Nacional do PMDB no último domingo. Acertou-se que o partido decidirá em até 30 dias sobre a proposta de rompimento com o governo Dilma. Até lá, os filiados do PMDB foram proibidos de aceitar novos cargos, sob pena de expulsão.

Nesta terça-feira, Mauro Lopes esteve com Temer. Disse-lhe que, convidado, decidira assumir o comando da pasta da Aviação Civil. Foi alertado para as consequências. Ensaiou uma meia-volta. Mas acabou aceitando o convite para compor a equipe de ministros de Dilma.

Reunido na noite passada, um grupo de peemedebistas dissidentes decidiu cobrar o cumprimento da decisão tomada pela convenção. “Já está pronto o ofício pedindo a suspensão da filiação do deputado e o seu afastamento da Executica do partido, onde ele ocupa a posição de secretário-geral”, disse o deputado Lúcio Viera Lima (PMDB-BA).

Depois de suspenso, o novo ministro terá 30 dias para se defender num processo de expulsão a ser aberto no comitê de ética do partido. Mantida essa coreografia, a decisão de Dilma de desafiar a convenção do PMDB servirá para realçar o risco de o partido desembarcar do governo para aderir ao impeachment.

Um comentário: