Setores empresariais do País articulam uma reação à nomeação do ex-presidente Lula como ministro do Governo Dilma. A informação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart. Entre as medidas possíveis, ele cita uma paralisação nacional e a suspensão de pagamentos de impostos federais por tempo determinado.
Em entrevista coletiva após reunião com os 39 sindicatos filiados e conversas com outras federações de indústrias do País, na tarde desta quarta, 16, Beto diz que estão sendo estudadas estratégias em nível nacional. A paralisação, ele diz, é uma possibilidade, mas ainda sem detalhamento. “Pode uma parada nacional. Não sei quando vai ser. Fatalmente, não vai ser essa semana porque não tem organização para isso”.
Sobre a suspensão de pagamento de impostos, ele frisa que isso se daria apenas em nível federal. “Eu poderia dizer, por todo o Brasil, que cada cidadão pague seu imposto estadual, municipal, mas deixe de pagar o imposto nacional. Por 30 dias. Só isso. Para eles (o Governo) aprenderem o valor desse dinheiro”.
Ele explicou que reuniões entre federações de indústrias de todos País ocorreram simultaneamente na tarde desta quarta. Também que foi procurado por outras categorias, como a dos médicos. “Todas as federações estão discutindo como nós. Falei com Santa Catarina, Paraná, São Paulo. Todos eles estão discutindo”, afirmou. “Devemos envolver outros segmentos da sociedade. Os médicos já nos procuraram espontaneamente. Outras categorias já nos procuraram”, concluiu.
Questionado se as medidas seriam para pressionar a saída de Lula do Governo ou o impeachment de Dilma, Beto diz que o ideal para o Brasil seria a renúncia da presidente. “Eu acho que, nessa altura, a renúncia seria algo fantástico, um ato de patriotismo (de Dilma)”.
Uma atitude extrema que mostra a indignação da classe com os desmandos do governo.
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