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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 9 de março de 2016

NOS TEMPOS DA MODEBRA - POR ANTÔNIO MORAIS


Houve época, não muito distante,  que os políticos eram  como  óleo e água: não se misturavam. Nos tempos da Modebra e Arena não existiam  acordos e negociatas como  hoje em dia. Temos atualmente, 40 partidos de alugueis, um verdadeiro samba do crioulo doido. Cada qual  tirando o máximo que  pode de quem esteja no puder, seja ele quem for.

Nos tempos da Modebra e Arena, aquilo sim era politica partidária definida pelos princípios e coerências. Mas, numa época qualquer da  década de 60 do seculo passado  os lideres dos dois partidos fizeram um acordo em que cada um perdia  um pouco e todos saiam ganhando ao fim. Pra celebrar a união dos partidos o prefeito,  convidou o governador do Estado para a cerimonia de inauguração de uma lavanderia publica batizada com o nome da primeira dama do Estado.

Para contemplar as partes ficou acertado que o prefeito ficaria  na mesa principal com o governador e o principal líder da oposição  faria a saudação oficial.

O mestre de cerimonia  fez a composição da mesa e passou a palavra para o antigo opositor, hoje, aliado de ultima hora. Depois de saudar o governador e comitiva o homem  endoidou: Senhor Governador, nosso município está entregue as baratas, não tem estradas, não tem escolas, o pagamento dos funcionários está atrasado, ninguém sabe o que é feito do dinheiro, o prefeito  está amancebado com a mulher do encarregado da limpeza publica, a primeira Dama, por sua vez, em represaria,  se ajuntou com um sapatão pra zuar com o marido. 

Nesta hora o prefeito  não  aguentando mais  a chateação disse no ouvido do governador:  Seu governador, coma sua jantinha ligeiro pra ela não esfriar,  num acredite  no que esse besta está  falando não. "Pregunte" pra ele o que ele fez com o dinheiro da água quando ele era prefeito? Porque ele botou pra correr da cidade um filho baitola que ele tem?

Terminada a festa a coligação estava desfeita. Aquilo sim é que era politica e políticos coerentes e cheios de ranso, diferente do conluio  que se ver de riba a baixo nos dias atuais.

4 comentários:

  1. Se o fato aconteceu em Várzea-Alegre e se o prefeito fosse da situação, com certeza Zé Gatinha estava presente soltando bomba defendendo o lado da ARENA, com vista a fazer raiva a Zé de Ginu. Na história da política de nossa terra foi o eleitor mais participativo no sentido de procurar pirraçar os adversários.

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  2. Em 86 o grupo de Dr. Pedro sátiro passou pelo PDS, PTB E PMDB, só num ano. Mas minha mãe udenista forte, seguidora de Joaquim de Sátiro, justificava sua opção:
    _Eu voto em Compade "Pedo", porque ele nunca mudou de partido.

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  3. Eh! ARENA
    Eh eh eh ARENA
    ARENA boa
    Eh! ARENA
    Eh eh eh ARENA
    ARENA boa
    ARENA boa de Lourival
    Zé Odimar que são legal
    Ele gosta do povo
    Ele quer trabalhar
    Ele vai governar
    Quatro anos de novo
    Eh! ARENA

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  4. Nestes tempos o eleitor também era fiel. Perguntaram a Zé Novo em quem ele ia votar. Ele respondeu: não sei ainda. Estou esperando Valdevina definir o voto dela. Se ela votar pra um, eu voto pru outro. Valdevina era a esposa do José. Avalie essa união. Não existia base aliada, alugada ou vendida.

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