Quem
acompanhou nesta semana, que hoje finda, o deprimente noticiário
político da mídia brasileira deve ter ouvido de alguns políticos (sempre
eles!) a utilização das expressões: “de forma republicana”, ou “caráter republicano” (sic). Como
não existe nenhuma “tradição republicana” no Brasil, e como – para o
povo comum – república foi e continua sendo sinônimo de desorganização
(basta lembrar as antigas e atuais “repúblicas de estudantes”), fui pesquisar o que seriam essas expressões ditas “republicanas”...
Segundo Carlos Olivieri: “Ao se falar em república,
nos dias de hoje, a primeira coisa que se pensa (de forma equivocada) é
que estamos diante de um sistema de governo cujo oposto é a monarquia.
Neste último, é a hereditariedade que determina o governante (o rei ou a
rainha de hoje é o herdeiro do monarca anterior); enquanto na república
o governante é eleito direta ou indiretamente". E continua o jurista:
“Em primeiro lugar, república vem do latim res publica que significa "coisa pública", "coisa do povo". Nesse sentido, um
governo republicano é aquele que põe ênfase no interesse comum, no
interesse da comunidade, em oposição aos interesses particulares e aos
negócios privados (Sic). Sob esse ponto de vista, a república
não difere somente da monarquia, mas também da aristocracia e da
democracia, conceitos que ressaltam o princípio do governo: de um, de
alguns ou do povo. Ao contrário, a república se volta para a finalidade
do governo: o interesse (o bem) comum”.
Ah! Bom. Quer dizer que
agir de “forma republicana” é agir com a finalidade de “atingir o
interesse (o bem) comum”. Tá explicado porque essa "ré-pública" nunca
funcionou no Brasil... E porque ela mostrou definitivamente sua
verdadeira cara no regime lulopetista, que nos governa desde 2003...
E pensei com meus botões: Graças à divulgação de uma conversa
telefônica entre o esperto ministro Jaques Wagner com o “troglodita”
presidente do PT, Rui Falcão, durou pouco a versão de que a entrada de
Lula no Ministério da Casa Civil de Dilma teve “caráter republicano”,
como ela própria – de boca cheia – apregoou na TV.
Segundo
Dilma a volta de Lula visaria unicamente a reforçar o time do fracassado
governo da “presidenta incompetenta”. Mas, depois da conversa entre
Jaques Wagner e Rui Falcão todos ficamos sabendo (e não resta mais
nenhuma dúvida!) que a real motivação para Lula assumir o posto foi
assegurar-lhe foro especial por prerrogativa de função (ou seja, o “foro
privilegiado” previsto na 7ª ( eu escrevi: sétima) constituição
republicana brasileira e, assim, evitar que ele fosse preso pela
Operação Lava Jato, pelas propinas recebidas de empreiteiras.
Como gosta de dizer o "presidente-operário": Nunca antes na História deste país se viu escancarada tramoia tão “antirrepublicana”! Com licença da má palavra.
(*) Armando Lopes Rafael é historiador
Prezado Armando - Dilma conseguiu trazer a Lava Jato para o Palácio do Planalto. E, o pior, partindo para o desacato as autoridades declara em seus desastrados discursos : Republicana, republicano e republicamos. Na gravação está bem clara e pronunciada uma coisa, na tentativa de justificar para população fala outra coisa. Ser republicano para o PT é mentir, enganar, fazer o povo de mané com a maior desfaçatez e cara de pau.
ResponderExcluirO mais triste é que, a cada dia, surge mais provas de que quem comandava o esquema de propinas era Lula. Delcídio do Amaral (senador e ex-líder de dilma no Senado da República) deu entrevista afirmando isso à revista VEJA, cuja edição (com a entrevista)já está circulando hoje em todo o Brasil...Ah! governicho republicano!
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