Meninos Lenheiros, texto da Lourdes de Morais Cezar, lembrou-me outra façanha do Antônio Alves de Morais, Antônio Alves do Sanharol, filho de Raimundo Alves e de Mãe Doar. Foi um daqueles parentes de vida mais humilde e simples. Não possuía bens algum. Porém, a historia mostra que poucas pessoas foram tão felizes quanto ele e, que poucos transmitiram tantas felicidades e alegrias iguais.
Preocupações não tinha com nada. Quando o dia amanhecia ele botava a cangalha em Panqueca, a jumentinha de estimação, apanhava o machado e seguia pelos caminhos, as vezes do Picoroto, outras vezes da Bo'agua ou do Inharé, propriedade dos primo legítimos, os Bitus. Cortava uma carguinha de lenha e ia vender na Rua.
Certa feita, ele estava cortando lenha nas imediações do Inharé, e Manuel de Pedrinho ouviu a zoada do machado e foi ver, com o intuito de repreender e admoestar. Ao chegar no local, Antônio estava a dois metros das terras do Manuel, ou seja, na propriedade de José Bitu Filho. Manuel ficou meio sem graça e falou: cortando uma carguinha de lenha né Antônio? E ele na sua Inocência e sabedoria matuta respondeu: e você pensava que era na sua terra! Veja que situação, até por uma carguinha de jurema seca, era preciso saber qual caminho podia seguir.
Dedicado a Robson Bitu Moreno, neto de Jose Bitu Filho.
Vejam que historia. Eram primos entre si. Uns tinham propriedades, outros não. Uns permitiam tirar lenha em suas terras, outros não. O certo é que todos já subiram para o andar de cima. Ficaram os exemplos. Que Deus abençoe a todos.
ResponderExcluirMuito obrigado pela consideração. Pois é Morais! Minha mãe conta que o meu avô José Bitu realmente era um homem sem ganância, muito generoso, e que a minha avó vivia a reclamar dele por causa de atos assim. Acho inclusive, que acostumou mal uns vizinhos do lado de riba, ou então, se adaptou a eles pro bem de uma convivência sem conflitos.
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