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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Uma historia lembra outra - Por A. Morais

Meninos Lenheiros,  texto da Lourdes de Morais Cezar, lembrou-me outra  façanha do Antônio Alves de Morais, Antônio Alves do Sanharol,  filho de Raimundo Alves e de Mãe Doar. Foi um daqueles parentes de vida mais humilde e simples. Não possuía bens algum. Porém, a historia mostra que poucas pessoas foram   tão felizes quanto ele e, que poucos transmitiram tantas felicidades e alegrias iguais. 

Preocupações não tinha com nada. Quando  o dia amanhecia  ele botava a cangalha  em Panqueca, a jumentinha de estimação, apanhava o machado e seguia pelos caminhos, as vezes  do Picoroto, outras vezes  da Bo'agua ou do Inharé, propriedade dos primo legítimos, os Bitus. Cortava  uma carguinha de lenha e ia vender na Rua. 

Certa feita, ele estava  cortando lenha nas imediações do Inharé,  e  Manuel de Pedrinho ouviu  a zoada do machado e foi ver, com o intuito de repreender e admoestar. Ao chegar no local,  Antônio estava  a dois metros das terras  do Manuel,  ou seja, na propriedade de José Bitu Filho. Manuel ficou meio sem graça e  falou: cortando uma carguinha de lenha né Antônio? E ele na sua Inocência e sabedoria matuta respondeu: e você pensava que era na sua terra! Veja que situação, até por uma carguinha de jurema seca, era preciso saber qual caminho podia seguir.

Dedicado a Robson Bitu Moreno, neto de Jose Bitu Filho.

2 comentários:

  1. Vejam que historia. Eram primos entre si. Uns tinham propriedades, outros não. Uns permitiam tirar lenha em suas terras, outros não. O certo é que todos já subiram para o andar de cima. Ficaram os exemplos. Que Deus abençoe a todos.

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  2. Muito obrigado pela consideração. Pois é Morais! Minha mãe conta que o meu avô José Bitu realmente era um homem sem ganância, muito generoso, e que a minha avó vivia a reclamar dele por causa de atos assim. Acho inclusive, que acostumou mal uns vizinhos do lado de riba, ou então, se adaptou a eles pro bem de uma convivência sem conflitos.

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