Acredito mais que o futebol, no Brasil, surgiu das peladas da molecada descalça das ruas, calçadas e campinhos esburacados.
A matriz do nosso talento, da memória corporal para jogar bonito, diferente e com habilidade, apesar do chão.
Para o peladeiro, todo tipo de campo é oficial.
Mas, gostaríamos de ter uma resposta para uma pergunta que nos é feita constantemente.
Os complexos esportivos administrados pelas prefeituras, as organizadas escolinhas e as peneiradas, conseguem atender às demandas, como os antigos terrenos baldios que se prestavam para a prática do futebol?
Confesso que não tenho uma resposta para isso, apesar de observar que o futebol brasileiro continua a fornecer pé de obra altamente qualificado para o Mundo.
O que não deve ser levado em conta como riqueza e, sim, como sinônimo de pobreza, por não reunir condições de manter no País craques de enorme valor.
Vendemos o artista. Não vendemos o espetáculo.
O meu parente Antônio André fazia parte da delegação do Roçado Dentro, em Várzea-Alegre. A sua função era encher a bola. Ele era um homem forte tinha força no pulmão e na ausência de uma bomba ele soprava. Nos tempos que a bola era uma bexiga de boi colocada numa capa artesanal de couro.
ResponderExcluirUm dia, num jogo oficial faltou um jogador e botaram Antônio pra jogar. Posicionado no meio do campo ficou observando a bola passar no ar de tiro de meta em tiro de meta. Já aos 30 minutos de jogo, Antônio pegou no braço de Pedro Sousa, companheiro de equipe e nosso grande sanfoneiro e perguntou : "Cumpade Pedo prá que lado é que nós tamo botando mermo!
ESSA E BOA
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