Ouço cochichos no meu ouvido: "Vai, Wilton, escreve sobre qualquer coisa. É preciso entrar em cadeia com as pessoas".
São os meus botões, com os quais, muitas vezes, não concordo: "Ataca de besteiras. Tem uma indústria esperando coisas "fora da curva", para formar ‘conteúdos’. Coloca nas redes e espera o resultado".
Mais ainda, para arejar a mente: "Estamos na era do pós-moderno, espetacularização das coisas e dos cliques que rendem. O que é dito e escrito precisa ser interessante. Tem que se habilitar, comentarista".
E é verdade. Coluna de frivolidades é o que faz sucesso, comove a ralé,
sensibiliza os medíocres diante de uma poluição de significados.
Agora, lascou: significados poluidores (boas palavras).
Quem disse que eu tenho jeito para isso?
Minhas crônicas, causos e assertivas, boas ou ruins, vão parar na edição de um livro.
Se disparo a escrever bobagens que se transformam em "conteúdos", como não ter vergonha disso, depois ?
Não há necessidade de se rebaixar tanto, para se comunicar com o leitor.
Ou será que estou totalmente enganado? Mais por fora do que mão de afogado?
A realidade dá conta de uma "era de cliques", área mais selvagem para o jornalismo de hoje.
Vou tentar apurar minhas perplexidades. Depois, eu volto.
Sua bela crônica me faz refletir. Eu tenho escrito sem planejamento. Postando matérias que não dizem coisa com coisa.
ResponderExcluirVou procurar colocar melhor conteúdo. Preciso entender que as palavras só me pertencem até serem proferidas.
NADA DISSO. VOCE ESCREVE COISAS BOAS E DIVERTIDAS. NOS MEUS LIVROS FAÇO QUESTÃO DE ENFATIZAR ISSO COM APROVEITAMENTO DE MATERIAL DO AMIGO, ABRAÇO
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