Dos sete integrantes da legenda nomeados ministros, apenas dois permanecem nos cargos: Marcelo Castro, na Saúde, e Kátia Abreu, na Agricultura
Os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, filiados ao PMDB, pediram demissão à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira.
A decisão deles foi tomada três dias depois de a Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo de impeachment contra Dilma com amplo apoio da legenda.
A informação de interlocutores do Palácio do Planalto é que os ministros teriam ficado desconfortáveis com a situação do partido após o resultado da votação.
No momento, dos sete integrantes da legenda nomeados ministros, apenas dois permanecem nos cargos: Marcelo Castro, na Saúde, e Kátia Abreu, na Agricultura.
Além de Braga e Barbalho, o deputado Celso Pansera, que também é do PMDB e deixou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para votar contra o impeachment, não retornou ao cargo. O deputado Mauro Lopes, ex-ministro da Aviação Civil, votou favoravelmente ao impeachment e por isso não reassumirá a pasta.
Um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves entregou o cargo um dia antes de o PMDB decidir desembarcar da base de apoio ao governo, no fim de março. Na ocasião, o partido determinou que os ministros filiados ao partido deixassem o cargo.
Aos pouco uma parte do PMDB atrai a outra e se juntam com o mesmo fim.
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