Benedito Alves Bezerra, o conhecido Benedito André tinha uma faixa de terra medindo aproximadamente 80 braças de frente no sitio Sanharol, hoje um bairro de Várzea-Alegre.
Limitando-se ao norte com a estrada velha do Iputi, ao sul com o sitio Formiga, ao nascente com terras de José de Ana do Sanharol e ao poente com terras dos herdeiros de José Alves Feitosa Bitu.
A referida propriedade foi vendida ao senhor Antônio de Gonçalo Araripe que se mudou com a família para o local ali fixando residencia até os dias atuais.
Naquelas terras férteis, banhadas por águas do Riacho do Feijão e Riacho da Formiga, Antônio de Gonçalo explorava agricultura com a produção de arroz, feijão, milho e algodão, além da criação de gado. Gado que pelo seu empreendorismo trouxe não sei de que lugar uma raça mocha e de grande produção leiteira para aqueles velhos tempos.
Ali nasceram e foram criados uma ninhada de vários filhos, cidadãos e cidadãs honrados e virtuosos tão bons quanto eram os seus pais Antônio e dona Maria.
Antônio de Gonçalo era um comerciante de muita visão. Em seu comboio levava para os sertões de Campos Sales na divisa do Ceará com Piauí produtos de grandes procuras naquela localidade : produtos derivados do couro, arreios, coronas, arreadores, chapéu de couro etc, e, de lá trazia produtos que por aqui não eram produzidos : Goma, farinha, etc.
Seu Antônio de Gonçalo como era conhecido era muito querido de todos do Sanharol, especialmente de meu pai José André. Todo dia, 5 horas da tarde ele chegava em nossa casa e sentava-se no banco velho de pau d'arco herdado do velho José Raimundo do Sanharol e tome conversa, haja histórias, todas remontando a dignidade, decência e a honradez que nortearam suas vidas.
È com muito orgulho que me lembro, os dois Antônio de Gonçalo e José André, frente a frente, sempre mostrando os bons exemplos de vida que deixaram como legado para os seus descendentes.
Graças a São Raimundo os seus filhos, netos e bisnetos continuam zelando por essa continuidade harmoniosa entre as duas famílias.
Caro Moraes,
ResponderExcluirMuito intetessante e integro o seu texto sobre meu avô, Antonio Gonçalo Araripe e seu pai Zé André. Sabemos da grande amizade entre eles. Agradeço o seu texto, que certamente fará parte do livro que estamos preparando..
Antonio.
ResponderExcluirEu tive a ventura de conviver e aprender muita coisa com os dois. Sou testemunha de uma amizade reciproca e verdadeira.
Caro Moraes, muito grato pela bela crônica sobre meu avô Antonio Gonçalo Araripe. Mais uma que fará parte do acervo que estou selecionando para o livro resgate que pretendo editar.......grato......
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