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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 1 de dezembro de 2019

HERON AQUINO, A PRIMEIRA ADMIRAÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista da rádio e TV Verdes Mares.


Heron Aquino, Wilson da Babilônia, Roberto Piancó e Carlúcio Pereira.

Cheguei criança ao Crato em 1957 e foi amor à primeira vista pela “Princesa do Cariri”.

Por volta de 1959, com 11 anos de idade, já estava tocado pelo fascínio que o rádio exercia como uma das janelas para o mundo.
Frequentava a imediações da Rádio Araripe, emissora do Diários Associados, na rua Nelson Alencar, como habituê da programação de filmes do Cine Araripe.
Do lado direito da tela do cinema, uma porta dava acesso ao minúsculo estúdio da Rádio Araripe.
Foi lá que mantive o primeiro contato com o jovem comunicador Heron Aquino, bem magrinho, mas possuidor de uma forte e bonita voz.
Fiquei portanto, sem trocar nenhuma palavra com ele, encabulado que fiquei, diante da minha primeira grande admiração no rádio.
A partir dali, fiquei seu fã e seguidor nos programas que fazia nas emissoras por quais passou.
Fosse na função de noticiarista, disck-jockey ou narrador esportivo, Heron Aquino era o máximo que se poderia exigir de um profissional da radiofonia.
O tempo passou e como controlista (operador) ingressei na Rádio Educadora, por um pequeno período, levado pelo amigo-irmão Evandro Bezerra.
Foi essa a oportunidade que tive de trabalhar ao lado da minha primeira grande admiração radiofônica.
Anos mais tarde, já como comentarista esportivo da Rádio Progresso de Juazeiro do Norte, um novo encontro com Heron Aquino, contratado que foi por empréstimo à Rádio Educadora, para narrar ao meu lado alguns jogos do campeonato juazeirense.
Foi na década de 1960 em jogos realizados no velho estádio da Liga Desportiva. Juazeirense.
Foi um momento de inenarrável satisfação para este locutor que vos fala, por trabalhar ao lado de um ícone que aprendi , desde cedo, a admirar.
Ontem recebi a noticia do seu falecimento e, confesso, fiquei muito triste, mesmo sabendo do seu precário estado de saúde.
Perdeu o rádio cearense um dos seus maiores valores.
Há pessoas que em suas passagens pela terra conseguem ser bem maiores que a vida.
Heron Aquino foi uma dessas pessoas.

6 comentários:

  1. O Ceará perdeu, hoje, um dos mais importantes radialistas da sua história.
    Heron Aquino somava incontáveis qualidades num só profissional. Voz bonita e poderosa; locutor versátil que ia desde o noticiário até as transmissões esportivas exuberantes ( nesta modalidade foi certamente um dos mais completos do Rádio Cearense) ; animador de festas e cerimonialista de solenidades; produtor de programas; redator perfeccionista que escrevia com extrema correção; diretor de programação e de emissoras.
    Sua voz foi a mais inconfundível do Rádio caririense nos últimos trinta anos. Juntava-se a tudo isso uma figura humana generosa, tranquila, sem arroubos desnecessários, uma fábrica de amigos e de admiradores, um pai de família exemplar. Os atropelos da idade fizeram com que se afastasse da profissão prematuramente.
    Hoje, partiu e é como se todos os rádios, de repente, tivessem silenciado. Sua presença, no entanto, permanecerá indelével. De alguma maneira o Cariri falava na sua voz e, com ela silenciada, perderá um pouco a força e o brilho. Grande Heron!
    José Flávio Pinheiro Vieira
    Presidente do Instituto Cultural do Cariri

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  2. É com muita tristeza em meu coração que recebo a noticia do falecimento de Heron Áquino, uns dos ícones da radiofonia cearense e brasileira.

    Um profissional perfeito, um ser humano magnífico e uma voz esplendorosa.

    É uma pena que a vida seja passageira, que por mais que estejamos esperando, nunca estaremos preparados para receber noticias desagradável como está de seu falecimento.
    Que deus conforte a nós todos e principalmente a sua família.

    Heron, Sempre será lembrado em nossos corações, por toda a eternidade.Obrigado meu querido amigo e mestre , por tudo!

    Fabio Lemos.

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  3. Acompanhei de perto a trajetória profissional de Heron,era meu vizinho no bairro sossego,sempre que tinha uma oportunidade que estava no Crato fazia uma visita ele,saia da casa dele angustiado,a situação era muito difícil do nosso grande cidadão e profissional que era Heron Aquino.abraço Manga.

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  6. FRANCISCO VARELA Pinheiro2 de dezembro de 2019 às 16:05

    Conhecí Heron Aquino na fase de minha adolescencia, na época estudava no Colegio Diocesano o Crato, cursando à 1a. Série Ginasial, com aproximadamente 14 anos de idade.

    Acompanhei por um bom tempo sua trajetória do radialista. que na época já fazia parte da equipe de radialista da Rádio Araripe do Crato,

    Heron Aquino nasceu com um Dom de voz linda e extraordinária dado por Deus.

    Gostava de ouvi todos dias seu programa de rádio no horário matinal, como lindas musicas de sucessos dos anos dourados,jovem guarda na decada de 60.

    Além de suas excelentes narrações esportivas de futebol pela Rádio Araripe do Crato.

    Lembro me uma passagem quando tinha 16 anos de idade, em um jogo de futebol, Atlético x Esporte o jogo foi realizado no campo do Esporte, ganhamos o jogo Atletico 1 x 0 Esporte.

    Na época meu apelido era Bombinha e Gol foi meu. Atlético 1 x 0 Esporte.

    É Gol foi narrado por Heron Aquino.

    Gente não dá prá esquecer.

    Tá na memória.

    Na minha concepção Heron Aquino está no alto pataamar dentre os melhores radialistas do Brasil.

    Ficará gravado na memória e com orgulho no coração de todos cratenses e brasileiros o nome do radialista Heron Aquino.

    Que Deus o Abençoe.



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