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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Quanta inocência? - Por Antônio Morais.


A esposa de um médico trouxe da fazenda uma mocinha para trabalhar em sua casa e estudar na cidade.
Vivia dona Imaculada, a esposa do cirurgião a fazer elogios ao marido. Dizia : o meu esposo é muito competente, estudioso e aplicado, nunca errou um diagnóstico.
A mocinha, a coisinha mais encabulada do mundo, mal abria a boca de tão pura e inocente.  Mas, além de ter pendores para os serviços domésticos, era bem bonitinha, baixinha, toda redondinha, uma carinha bonita com dois olhos pretos e grandes, morena clara, cabelos negros e lisos, quadris relativamente largos, cintura fina, os braços e pernas roliços e muito bem feitos.

Dona Imaculada preparava as malas para um "Cruzeiro" com as amigas quando a mocinha se aproximou e disse : 
Eu quero que a senhora faça as minhas contas, eu vou embora.
Oxente, que conversa é essa?
Vou pra casa, eu quero morrer junto de minha família.
Que história mais  sem pé e sem cabeça é essa, menina?
A senhora num falou que o seu marido é um grande médico e que nunca erra?
Disse, é verdade, mas, o que tem uma coisa com a outra?
Hoje quando ele estava saindo para trabalhar pegou na minha bunda apertou bem muito e disse :
De hoje você não passa!

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