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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de dezembro de 2016

Lampião e a patente - Por Dario Maia Coimbra.



Pedro Albuquerque Uchôa, Inspetor Agrícola do Ministério da Agricultura, se encontrava em Juazeiro quando da visita de Lampião a essa cidade. Virgulino Ferreira da Silva, ao solicitar a patente de Capitão, em cumprimento a promessa de Dr. Floro Bartolomeu da Costa, quando do convite por este formulado a Lampião, a que viesse se juntar ao seu grupo para combater a Coluna Prestes, 

Padre Cicero pediu ao Dr. Pedro Uchôa que redigisse o documento da concessão, visto que ele era a única autoridade civil existente em Juazeiro e presente naquela ocasião.

Regressando a Fortaleza, Dr. Pedro Uchôa é interpelado pelos amigos, que queriam explicações quanto ao fato de ele haver dado a patente de Capitão a Lampião. Uchôa, perguntaram-lhe: por que você deu a patente de Capitão ao Rei do Cangaço? 

Porque ele não pediu a de Coronel!

4 comentários:

  1. A verdade é que no Ceara o Lampião sempre teve apoio de politicos e autoridades para executar suas bandoleiragens. No Rio Grande do Norte, em Mossoró, a porca torceu o rabo e ele fez bunda de ema.

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  2. NO LIVRO PADRE CÍCERO, PODER FÉ E GUERRA NO SERTÃO, O AUTOR LIRA NETO, QUANDO ESCREVE SOBRE O DESFECHO DA PASSAGEM DE VIRGULINO PELO JUAZEIRO, DÁ UM FINAL UM POUQUINHO DIFERENTE (MAS NÃO MENOS ENGRAÇADA) PARA A HISTÓRIA:

    AFIRMA ELE QUE LEONARDO MOTA, JORNALISTA E FOLCLORISTA, PERGUNTOU "MAIS TARDE" AO PEDRO UCHOA (AGRÔNOMO E ÚNICO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL EM JUAZEIRO NA ÉPOCA)SOBRE A ASSINATURA QUE APUSERA EM UM DOCUMENTO SEM NENHUM VALOR LEGAL (A PATENTE DE CAPITÃO A VIRGULINO), E O PEDRO TERIA RESPONDIDO:
    "NAQUELA HORA EU ASSINAVA ATÉ A DEMISSÃO DE ARTUR BERNADES, QUANTO MAIS A NOMEAÇÃO DE VIRGULINO"...

    ARTUR ERA O PRESIDENTE NA ÉPOCA.

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  3. Tom.

    Esta versão é do Dario Maia Coimbra, publicitario, escritor e jornalista juazeirense. Está em seu livro Evocação ao homor.

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