Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de dezembro de 2016

Velhos escritos confrontados com a realidade de hoje, ou: “Nas voltas que o mundo dá, um dia urubu pensa que é sabiá” – por Armando Lopes Rafael


Faz 10 anos que escrevi e foi publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, edição  de 12-12-2006, seção “Painel do Leitor”, o comentário abaixo.
"Fiel a seus princípios democráticos, Lula divulgou nota oficial sobre a morte de Pinochet na qual declara que o governo de 17 anos do general chileno "foi uma longa noite, em que as luzes da democracia desapareceram, apagadas por golpes autoritários". Louvo a coerência do presidente brasileiro. E tenho certeza de que outro ditador, o de Cuba, Fidel Castro, que está com um "pé na cova", quando morrer, receberá o mesmo tratamento do presidente Lula. Afinal, Castro, há mais de 48 anos comanda um governo genocida, que passará à história como a mais longa e sanguinária ditadura do continente americano.  ARMANDO LOPES RAFAEL” 
Ironia à parte, dez anos depois, o agora desacreditado político brasileiro, participou (ao lado do seu “poste” Dilma Rousseff) da cerimônia de “enterramento” (?), das cinzas do ditador cubano Fidel Castro, no último dia 04 do corrente mês, na ilha-prisão. Naquela ocasião, Lula declarou à imprensa:
"Estou triste porque se foi o maior homem do século 20. Quando soube da notícia, a maneira que encontrei de expressar meus pêsames foi escrever na parede 'Viva Fidel'", contou Lula, referindo-se a uma cena que divulgou nas redes sociais, em que aparece em frente à inscrição mencionada, em seu sítio, no estado de São Paulo.
Incoerente e  demagogo, o ex-presidente Lula que já foi reconhecido como o “cara” por Obama, hoje se transformou num político desacreditado, que contabiliza várias acusações de recebimento de propinas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, durante (e após) os seus dois governos.
             

Um comentário: