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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 11 de dezembro de 2016

Aliados vêem risco de Temer cair antes de 2018 - Por Josias de Souza.


A delação do ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho levou o governo de Michel Temer para outro patamar. Um patamar mais rebaixado. Políticos dos partidos governistas incluíram em suas análises a hipótese de o presidente não concluir o mandato-tampão que vai até 2018. Formaram-se entre aliados do presidente dois sólidos consensos: 1) as revelações do delator feriram gravemente o governo; 2) Temer precisa reagir rapidamente, sob pena de ser carbonizado pela Lava Jato.

O blog conversou com um congressistas amigo de Temer. Ele disse ter passado o sábado recolhendo impressões de outros parlamentares e de autoridades do governo. Pendurado ao celular, falou com onze pessoas, algumas delas citadas na delação. Não quis revelar os nomes. Mas contou que nenhum dos seus interlocutores menosprezou o potencial de combustão das revelações do ex-responsável pelo lobby da Odebrecht em Brasília.

Há, porém, uma divisão entre os governistas. A parte do grupo que inclui os delatados avalia que Temer ainda exibe capacidade de reação. Bastaria perseverar nas reformas. O outro pedaço receia que o governo Temer esteja irremediavelmente comprometido. Nessa visão, Temer está diante de uma adversidade que compromete sua pose de reformador. Além de estar pessoalmente envolvido, o presidente rodeou-se de amigos e auxiliaries tóxicos. Pessoas das quais ele tem dificuldades de se livrar.

De resto, a encrenca tende a aumentar. No total, 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht estão suando o dedo. Ainda há muita lama por escorrer. Logo, logo Marcelo Odebrecht prestará depoimento confirmando, por exemplo, que participou de um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, em que foi mordido em R$ 10 milhões pelo então vice-presidente Michel Temer. Dinheiro saído das arcas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht (pode me chamar de “Departamento de Propinas.)”.

Um comentário:

  1. Os iguais se atraem. Juntaram-se PT e PMDB numa aliança sórdida para saquear a nação. Roubaram o quanto puderam juntos. O PMDB usou sua força e mandou o PT as favas, o que já foi algo positivo. Agora se ver que o PMDB não tem a menor condição de continuar no comando. Espera-se que seja excluído de modo que o pais fuja um pouco da ladroagem generalizada dos ultimos 15 anos.

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