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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 23 de abril de 2020

A república é uma festa. E nós pagamos caro por ela – por Bruno Garschagen



Palácio do Planalto

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, o primeiro-ministro não mora num palácio, mas no terceiro piso de uma casa no centro de Londres, a 10 Downing Street onde também funciona o seu escritório e a sede do governo. Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, o presidente da República tem dois palácios à disposição: um para morar ( Palácio da Alvorada, residência oficial) outro para trabalhar outro ( Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo Federal). Existe ainda uma terceira opção: a Granja do Torto, onde morou o General João Figueiredo durante os 6 (seis) anos em que foi Presidente da República.

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, o primeiro-ministro não tem funcionários para lhe fazer café nem cafuné. Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, Dilma Rousseff, presidente que sofreu impeachment tinha  no Palácio da Alvorada 30 funcionários e servidores à sua disposição e gastava R$ 62 mil por mês apenas com despesas de alimentação. Dilma Rousseff achava pouco; Lula concordava com ela e um dia disse: “A Dilma vai terminar comendo em marmitex”.
Uma das várias salas do Palácio do Planalto

(O ex-presidente Lula, tem uma pensão vitalícia até o dia que morrer dentro da lei.  Hoje ele custa hoje mais de   R$ 40 mil reais por mês aos cofres públicos (e ainda tem direito a oito assessores e a dois veículos oficiais com motoristas). Antes de ser afastada da presidência pelo impeachment, as despesas de Dilma (só dela, não do seu governo) eram praticamente o dobro dos gastos da rainha Elizabeth II e da família real. Lula e Dilma não devem nem saber quanto custa um marmitex. E nós pagamos a conta.

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, quando o governo comete erros e coloca o país em apuros, o gabinete é demitido, o parlamento é dissolvido e são convocadas novas eleições. Resolve-se o problema político para não criar outros problemas ou aprofundar os já existentes.
Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, uma presidente como Dilma pode passar mais de cinco anos destruindo o país e só será afastada se cometer crime de responsabilidade. E se o Congresso considerá-lo como tal. Mas aparelhar o governo, colocar o Estado a serviço do PT e destroçar a economia, isto pode. E sem chance de ser destituída (o).

Deve ser mesmo muito difícil viver numa Monarquia.
Palácio da Alvorada

(Este artigo foi publicado foi publicado em 2018
no site: https://monarquiaconstitucional.jusbrasil.com.br/artigos/370191065/a-republica-e-uma-festa-e-nos-pagamos-caro-por-ela)

2 comentários:

  1. Não dá para comparar república com monarquia. Não dá para comparar, especialmente no Brasil, o desprezo e a falta de dignidade dos políticos da república com a nobreza e respeito que se impõe na monarquia. Não dá para comparar também os políticos sebosos, egoístas, corruptos, desonestos e geralmente autoritários da republica com a civilidade e humanidade da monarquia. Não dá para comparar uma imprensa vendida, subserviente que vive de publicar o que interessa a quem paga, na monarquia não tem financiador. Não dá para comparar uma justiça que tem sempre por trás um interesse que não é a aplicação da lei, os monarcas são honrados, corretos e justos não precisam do ampara da lei. Não dá para comparar, é tudo muito diferente.

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  2. Prezado Armando - A Rádio o povo deu voz ao denunciado em vários processos, condenado em segunda instância a mais de 20 anos noutros, que passou 17 meses hospedado no xadrez e está solto por conta da benevolência dos amigos que colocou no STF.

    Este fato me fez lembrar que o Senado Federal realizou sessão especial, para comemorar a passagem dos 80 anos de criação do jornal cearense O Povo, a quem a Rádio Povo deve pertencer.

    A homenagem durou mais de três horas e foi requerida pelos senadores pelo Ceará Patrícia Saboya PDT e Inácio Arruda PCdoB.

    Além da presença dos autores do requerimento, compuseram a Mesa os senadores Geraldo Mesquita Júnior PMDB-AC e José Nery PSOL-PA, o deputado federal Mauro Benevides PMDB-CE, o presidente do jornal O Povo, Demócrito Rocha Dummar, o ministro do Superior Tribunal de Justiça STJ, Francisco César Rocha, e o ministro do Tribunal de Contas da União TCU Ubiratan Aguiar.

    Os exemplos não ensinam nada, ninguém se lembra o que aconteceu com o presidente do jornal dois dias depois, muito menos com os demais que participaram da solenidade festiva.

    A história tem mostrado, com a passagem do tempo, ser implacável com quem a negligencia.

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