Muitas historias existem que podemos contar, mas não podemos escrever. São causos que apesar de inocentes e inofensivos podem ser entendidos por parentes afins como ofensas ou coisa que denigram as imagens de seus autores. Tivemos certa época um padre em Várzea-Alegre muito popular, caridoso, humano, que visitava em lombos de animais todos os doentes da jurisdição da paróquia de São Raimundo Nonato. Não revelo o nome deste sacerdote nem sob tortura, até porque não há a menor necessidade de fazê-lo. O padre visitava as feiras livres, passava de banca em banca abençoando os mercadores, aconselhando-os e criticando também quando necessário. O Senhor João Saraiva, homem bom, justo, trabalhador, proprietário de engenho, residente no sitio Brejo produzia uma rapadura preta e as vendia nas feiras livres semanais, e, era criticado severamente pelo vigário. Sempre que o Padre se aproximava já ia dizendo: Seu João o povo está dizendo que essa rapadura é preta assim porque o senhor não tira o olho da cana! Seu Vigário, nem tudo que o povo fala é verdade, respondia seu João de modo solicito. Noutro dia o padre repetiu, ao aproximar-se da banca: seu João o povo está dizendo que essa rapadura do Senhor é preta assim porque o Senhor não tira a tiborna da garapa! Seu vigário, nem tudo que o povo fala é verdade. Nessa lenga lenga seu João foi perdendo a paciência e o respeito pelo padre. Noutro dia, quando o padre se aproximou seu João se antecipou: Seu vigário o povo está dizendo que o menino que “Fulaninha” está esperando é filho do Senhor! É verdade? Seu João nem tudo que o povo fala é verdade, respondeu o padre saindo de fininho, pela tangente.
A. Morais.
A foto desta fornalha vai ter uma serventia.
ResponderExcluirO Mundim do Vale vai lembrar o Engenho de Jose Cardoso no Gravié. Maria de Fatima Bezerra vai retornar aos tempos dos engenhos de Clicerio e João Bilé do Coité. Carlos Esmeraldo vai lembrar o Engenho Pau Seco e o velho Sulino com suas lorotas e Maria da Gloria vai se sentir criança nos engenhos dos pés de serra do Crato, já que seus ascendentes todos eram proprietarios de engenho de rapadura. Boas lembranças.
Morais, é verdade, voltei aos tempos de criança. São tantas e tão boas lembranças guardadas, a primeira que veio-me a mente foi minha avó sair na soleira da porta para implorar à Santa Clara que a chuva parasse para a bagaceira continuar alimentando a fornalha. Inúmeras vezes presenciei a chuva parar, de imediato, e o sol reaparecer. Jamais esqueci a oração pedindo para Santa Clara clariar o dia.
ResponderExcluirÉ vero morais. Eu melembrei com saudades dos engenhos de: João Bilé, Glicério,Zé Carlos e Zé Cardozo. A postagem também me provocou a lembrança do ingé véi
ResponderExcluironde não tinha rapaduras, as rapas
lá eram outras,
Valeu a lembrança.
Mundim.
Corigindo
ResponderExcluirÉ vero Morais. Eu me lembrei com saudades dos engenhos de: João Bilé,Glicério,Zé Carlos e Zé Cardozo. A postagem também me provocou a lembrança do ingèm véi onde não tinha rapaduras, as rapas lá eram outras.
Valeu a lembrança.
Mundim do vale.
Meu Deus! Morais, é verdade, passei muitas ferias maravilhosas no coité na casa de Tônia Brito, e íamos para o Engenho puxar alfinim, e fazer cachos de flores desse gostoso doce; e eu ficava inventando bichinhos de alfinin.No Gravié era minha primeira parada no tempo de moagem: pois era lá que mora o saudoso e querido Tio Jovino ( Tio do meu Avô) a quem chamávamos de Pai Velho. Homem simples, pacifico,e de grande sabedoria; com quem aprendi muitas coisas boas. Morais, como faz bem relembrar esse tempo. Com o coração cheio de saudades! deixo meus sinceros agradecimento às Famílias Bilé, Brito, e especial à você meu amigo querido, pela sua generosidade, Deus te pague. Abraço carinho e fraterno. Fátima
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