Certa vez chegou um circo em Várzea Alegre, que tinha como principal atração uma macaca gorila. Um dia lá a macaca escapou da jaula e saiu pela cidade acompanhada de algumas crianças. Chegando na Av. Getúlio Vargas, outros meninos que estavam brincando no calçadão também seguiram o animal. Quando já tinha em torno de quarenta garotos a macaca inventou de entrar no bar de Joaquim Orelha. Aí foi um Deus nos acuda. Uma ratoeira desarmou-se pegando o dedo da macaca que deixou ela enfurecida. A macaca ficou com a macaca. Quebrou cadeiras, mesas, garrafas e ainda jogou as bolas da sinuca na cabeça do neguinho de João Lopes . Depois se acalmou um pouco e se comportou com generosidade abrindo coca-cola e distribuindo para a meninada. Mandaram chamar o proprietário no mercado quando ele chegou foi quase louco, queria porque queria pegar a macaca. Nesse momento chegava à imprensa para fazer a cobertura da matéria, quando o repórter Pedro Jorge chamou a atenção do proprietário: Não adianta Seu Joaquim. Para se pegar um animal desses tem que atrair ela com bananas e em seguida jogar um pneu para laçar. E adondé qui eu vou arrumar um pneu. Um dos garotos que tinha sido contemplado com uma coca-cola e uma broa, resolveu trair a macaca: Eu sei quem é qui tem um pneu. É Punduru. Apois vá lá e diga a ele qui eu mandei dizer qui ele viesse trazendo o pneu pra nós pegar essa condenada, antes qui ela me faça eu voltar pra roça. Quando Punduru chegou foi trazendo um pneu de lambreta. Joaquim Orelha mal agradecido disse: Arre égua Punduru! Cuma é qui nós ramo laçar essa bicha desse tamãe, cum um pneu do tamãe duma liança? Punduru falou igual a mãe de anão: É pequeno mais é meu! E quer saber duma coisa? Eu num vou ajudar a pegar macaca mais não, eu num sou dono de circo nem bar. Nessa hora como o movimento já tava muito grande, a macaca notou que tinha sido traída por um aliado e não deixou mais nada inteiro, depois que ela quebrou tudo, sentou-se no balcão, cruzou as pernas e acendeu um cigarro Mistral para relaxar. Foi nesse momento que chegaram os funcionários do circo com um cacho de bananas e uma rede de nylon para imobilizar o animal. Na saída do bar a macaca ainda se virou e deu tchau para a meninada. Depois desse acontecimento o estabelecimento ficou sendo chamado de: BAR DA MACACA.
Mundim do Vale.
Mundim.
ResponderExcluirNunca vi ninguem mais macaco do que Neguim de João Lopes, pode acreditar.
rsrsrsrsrrs.Raimundim eu era meninote, quando este caso aconteceu...!!!!!!Mas lembro bem de alguns detalhes, como o de chamar o Indio(lembra ele era do batalhão e tinha muita força)e Rogério(que morava no alto da prefeitura tbm era muito forte), pra tentarem pegar a macaca...Mas n obtiveram êxito, acho que nem tentaram.!rsrsrsrs
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