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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 14 de julho de 2009

Bar da Macaca.

Certa vez chegou um circo em Várzea Alegre, que tinha como principal atração uma macaca gorila. Um dia lá a macaca escapou da jaula e saiu pela cidade acompanhada de algumas crianças. Chegando na Av. Getúlio Vargas, outros meninos que estavam brincando no calçadão também seguiram o animal. Quando já tinha em torno de quarenta garotos a macaca inventou de entrar no bar de Joaquim Orelha. Aí foi um Deus nos acuda. Uma ratoeira desarmou-se pegando o dedo da macaca que deixou ela enfurecida. A macaca ficou com a macaca. Quebrou cadeiras, mesas, garrafas e ainda jogou as bolas da sinuca na cabeça do neguinho de João Lopes . Depois se acalmou um pouco e se comportou com generosidade abrindo coca-cola e distribuindo para a meninada. Mandaram chamar o proprietário no mercado quando ele chegou foi quase louco, queria porque queria pegar a macaca. Nesse momento chegava à imprensa para fazer a cobertura da matéria, quando o repórter Pedro Jorge chamou a atenção do proprietário: Não adianta Seu Joaquim. Para se pegar um animal desses tem que atrair ela com bananas e em seguida jogar um pneu para laçar. E adondé qui eu vou arrumar um pneu. Um dos garotos que tinha sido contemplado com uma coca-cola e uma broa, resolveu trair a macaca: Eu sei quem é qui tem um pneu. É Punduru. Apois vá lá e diga a ele qui eu mandei dizer qui ele viesse trazendo o pneu pra nós pegar essa condenada, antes qui ela me faça eu voltar pra roça. Quando Punduru chegou foi trazendo um pneu de lambreta. Joaquim Orelha mal agradecido disse: Arre égua Punduru! Cuma é qui nós ramo laçar essa bicha desse tamãe, cum um pneu do tamãe duma liança? Punduru falou igual a mãe de anão: É pequeno mais é meu! E quer saber duma coisa? Eu num vou ajudar a pegar macaca mais não, eu num sou dono de circo nem bar. Nessa hora como o movimento já tava muito grande, a macaca notou que tinha sido traída por um aliado e não deixou mais nada inteiro, depois que ela quebrou tudo, sentou-se no balcão, cruzou as pernas e acendeu um cigarro Mistral para relaxar. Foi nesse momento que chegaram os funcionários do circo com um cacho de bananas e uma rede de nylon para imobilizar o animal. Na saída do bar a macaca ainda se virou e deu tchau para a meninada. Depois desse acontecimento o estabelecimento ficou sendo chamado de: BAR DA MACACA.
Mundim do Vale.

2 comentários:

  1. Mundim.

    Nunca vi ninguem mais macaco do que Neguim de João Lopes, pode acreditar.

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  2. rsrsrsrsrrs.Raimundim eu era meninote, quando este caso aconteceu...!!!!!!Mas lembro bem de alguns detalhes, como o de chamar o Indio(lembra ele era do batalhão e tinha muita força)e Rogério(que morava no alto da prefeitura tbm era muito forte), pra tentarem pegar a macaca...Mas n obtiveram êxito, acho que nem tentaram.!rsrsrsrs

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