"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Dilma, a mãe do PAC
Quando vi Dilma Roussef
Sair na televisão,
Com o rosto renovado
Após uma operação.
Senti que o poder transforma:
Avestruz vira pavão.
De repente ela virou,
Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem,
Começam a soltar psiu,
Pensando em 2010,
E em bilhões que ela pariu.
A mulher que era emburrada,
Anda agora sorridente
Acenando para o povo,
Alegre mostrando o dente.
E os baba-ovos gritando:
É Dilma pra presidente!
Mas eu sei que o olho grande
Está mesmo é nos bilhões,
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições,
E mandou Dilma gastar
Sobretudo nos grotões.
Senadores garanhões
Sedutores de donzelas,
E deputados gulosos
Caçadores de gazelas
Enjoaram das modelos
Só querem casar com ela.
Também quero uma lasquinha,
Um pedaço de poder,
Quero olhar nos olhos dela
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela
Mulher nenhuma há de ser.
Eu já vi um deputado
Dizendo no Cariri
Que Dilma é linda e charmosa,
Igual não existe aqui,
E, e é capaz de ser mais bela
Que a Angelina Jolie,
Diz que pisa devagar,
Que tem jeito angelical
Nunca gritou com ninguém
Nem fez assédio moral,
Nem correu atrás de gente
Com um pedaço de pau...
Dilma super poderosa:
8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser,
Da forma que ela mandar!
(Sem contar com o milhão
Do cofre do Adhemar.)
Estou com ela e não abro:
Viro abridor de cancela
Topo matar jararaca
Apago fogo em goela
Para no ano vindouro...
Fazer...um PAC com ela".
Miguelzim de Princesa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Não conheço Miguelzim de Princesa, mas pelo visto alem de grande poeta é tambem um grande observador da malandragem dos politicos brasileiros. Politicos sem idelologia partidaria, sem coenrencia e muitas vezes, sem vergonha das sujeiras que promovem. Sarney é um belo exemplo: sob fogo cruzado de denuncias graves não larga a mamata, e os mais jovens ao invés de se opor entram em sua defesa e se igualam. Grande Miguelzim.
ResponderExcluirMiguelzinho de Princesa faz alusão ao roubo do cofre de Adhemar de Barros.
ResponderExcluirNada como a revista “Veja” para nos auxiliar em pesquisas sobre os políticos brasileiros. É por isso que essa revista é tão odiada.
No exemplar de "Veja" de 15 de janeiro de 2003, sob o título "O cérebro do roubo ao cofre" consta o abaixo:
“O outro integrante do primeiro escalão com passagem pela guerrilha contra a ditadura militar é a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia — mulher de fala pausada, mãos gesticuladoras, olhar austero e passado que poucos conhecem. Até agora, tudo o que se disse a respeito da ministra dava conta apenas de que combatera nas fileiras da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, a VAR-Palmares, um dos principais grupos armados da década de 60. Dilma Rousseff, no entanto, teve uma militância armada muito mais ativa e muito mais importante. Ela, ao contrário de José Dirceu, pegou em armas, foi duramente perseguida, presa e torturada e teve papel relevante numa das ações mais espetaculares da guerrilha urbana no Brasil — o célebre roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que rendeu 2,5 milhões de dólares.
“O assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro. Até então, fora "o maior golpe da história do terrorismo mundial", segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro A Ditadura Escancarada. Naquela tarde, a bordo de três veículos, um grupo formado por onze homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares, chegou à mansão do irmão de Ana Capriglioni, amante do governador, no bairro de Santa Teresa, no Rio. Quatro guerrilheiros ficaram em frente à casa. Nove entraram, renderam os empregados, cortaram as duas linhas telefônicas e dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados e outro subiu ao quarto para chegar ao cofre. Pesava 350 quilos. Devia deslizar sobre uma prancha de madeira pela escadaria de mármore, mas acabou rolando escada abaixo. A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo, que então comandava a guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país e mais tarde se tornaria pai da única filha de Dilma. O casal planejou, monitorou e coordenou o assalto ao cofre de Adhemar de Barros. Dilma, no entanto, não teve participação física na ação. "Se tivesse tido, não teria nenhum problema em admitir", diz a ministra, com orgulho de seu passado de combatente”.
Armando
ResponderExcluirVeja onde chegamos. Um comentario desses seus, extraido de uma Revista importante, a acusada fica com a carinha como quem nada fez e os adebitos dizem que é mentira. Que conceitos !
O Miguelzinho da Princisa, pelo jeito de fazer versos, só pode ser de Várzea Alegre. Gostei da foto e dos versos.
ResponderExcluirUltimamente, tenho lido a história do Brasil, do Período pré-colonial aos dias de hoje e como já passo dos 50, gravo tudo em mp3 para facilitar a reeleitura. É que estou me preparando para os próximos concursos públicos que virão por aí.
Apesar de ter simpatia pela Dilma, pouco conheço sobre ela, pois, quando estive mais presente no Partido dos Trabalhadores, como membro da exucutiva em Crato, não se falava nela.
Como já falei de outras vezes, sempre leio os comentários do Armando e muitos deles, copio, como no caso deste.
Sim, passei no mercadinho da Nelson Alencar e deixei um exemplar do nosso jornal para você