José de Pedro André, meu pai, o último a direita, disse um dia que as duas coisas mais bonitas do mundo eram uma banda de música tocando um dobrado e o baixio do Machado amarelo de arroz. Ele reuniu num adjunto em 1967 o prefeito da cidade, Pedro Sátiro, que chegou acompanhado do vigário José Otávio, do Juiz Dr. Vasco Santiago e do promotor de justiça Aírton Castelo Banco.
Ele gostava de reunir gente, tinha muitos amigos e levou a roça 120 homens, sem nada lhe cobrarem, para colher, num só dia, o produto de sua lavoura de arroz.
Dava gosto de se vê,
Um bando da cabra macho,
Cortando cacho por cacho,
Cantando sindô lelê.
Enviei a foto de outro evento para Luiz Lisboa e eis que foi comentada nos termos seguir pelo senhor Erivan Alves.
Muito sofrimento, também! Produzia-se "muito", mas já de cara deixava-se 20% da produção para os "SUPOSTOS" proprietários das terras, que "FAZIAM O FAVOR" de deixarem os "TRABALHADORES SEM TERRA" produzirem. Eram 20% da produção bruta que ficavam "com o patrão" e isso sem que eles dessem UMA semente de arroz para o plantio! Verdadeiro regime de "escravidão". A festa era bonita, verdade, mas o que sobrava ao agricultor eram só as mãos cheias de calo, o rosto queimado do sol e, invariavelmente, a humilhação do "dono da terra".
Antônio Morais - Desagravo.
Fui eu quem enviou esta foto para o Luiz Lisboa. O adjunto era de José André, meu pai, a localidade era Lagoa do Ronca que pertencia ao senhor João do Sapo.
Devo informar ao Erivan Alves que o meu pai nunca foi escravo de quem quer que seja e, que João do Sapo nunca escravizou ninguém.
"A ingratidão é o preço do favor não merecido". Fica a pergunta para o Erivan : O teu avô foi escravizado? Eu sempre entendi que havia uma grande amizade entre a família dele e a de Joaquim Diniz proprietário das terras em que ele sempre trabalhou..
É bom respeitar a história.
O que mais me admirou foi a expressão - "Suposto dono da terra". Mas, não me causa admiração. Ainda hoje tem gente se apossando de terras que não lhes pertencem.
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