Fonte: BBC BRASIL.com
Uma
“sociedade viciada em Estado”, com uma cultura de “desigualdade” e
“desonestidade institucionalizada”. Para o ministro Luís Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), esses são os três principais
problemas ainda enfrentados pelo Brasil.
Em palestra no Brasil Forum
UK- evento no Reino Unido organizado por estudantes brasileiros -
Barroso elencou, neste sábado (5), os principais desafios do país e
avanços alcançados nos últimos 30 anos, desde que a Constituição Federal
entrou em vigor.
No rol de "desafios" a serem enfrentados, ele
citou "a permanente dependência e onipresença do Estado". Para o
ministro, atualmente "qualquer projeto no Brasil depende do Estado, de
financiamento do BNDES, da Caixa Econômica ou da ajuda do prefeito."
"Criamos
uma sociedade viciada no Estado. Temos que expandir a sociedade civil.
Essa presença excessiva do Estado gera uma cultura de compadrio e
favorecimento que está por trás do loteamento de cargos públicos",
afirmou.
"A corrupção no Brasil não foi produto de um conjunto de
falhas individuais, é uma corrupção o sistêmica e endêmica que envolver
estatais, agentes públicos, privados, membros do Executivo, do
Legislativo", disse, avaliando que a corrupção não é um "fenômeno de um
partido ou governo".
Outro grande problema são as universidades públicas
Durante
a palestra, Barroso defendeu aumentar outras fontes de financiamento
para as universidades públicas brasileiras. Para ele, essas instituições
são "caras" e não dão o retorno esperado à sociedade. Ele defendeu, por
exemplo, que as universidades possam buscar recursos vendendo projetos,
prestando serviços à sociedade e recebendo doações de ex-alunos e
empresários.
“A universidade pública custa caro e dá baixo retorno. O
Estado brasileiro não tem dinheiro suficiente para bancar uma
universidade pública com a qualidade que o Brasil precisa", afirmou,
destacando, porém, que não é a favor de privatizar essas universidades.
"A
universidade tem que ser capaz de auto-sustentabilidade, prestar
serviços com à sociedade, e obter filantropia. Já há ricos suficientes
no Brasil. Eles dão dinheiro a Harvard e a Yale."
Este Juiz está surpreendendo positivamente. Só não tem jeito para o Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Lewandosks.
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