Fonte: Folha de S.Paulo, por Sylvia Colombo
Após cortar mais três zeros da moeda venezuelana, em campanha eleitoral,
o
ditador Nicolás Maduro anunciou na segunda (30) um aumento do salário
mínimo para 1 milhão de bolívares (que vale míseros US$ 1,61m, ou seja 1
dólar e 61 centavos ). Mas em partes do interior esse valor pouco
importa, pois a inexistência de dinheiro ressuscitou o escambo.
Há
algo errado num país em que, diante de uma máquina de café num centro
comercial popular, você precisa colocar 70 notas de mil para servir-se
de um cafezinho expresso simples. E ainda ouvir de quem espera atrás:
“Às vezes ela trava e não devolve o dinheiro que você já colocou”. Esse
tipo de máquina não foi criada para a Venezuela.
Com hiperinflação em 2017 de 6.000% anuais, segundo a Assembleia
Nacional de maioria opositora, um novo e crescente problema se soma à
escassez de alimentos e recursos para a saúde no país: a evaporação do
papel-moeda. Para o ditador Nicolás Maduro, o sumiço de bolívares é
parte do que chama de “guerra econômica contra seu país”.
Ele diz que a “oligarquia esconde o dinheiro por razões políticas”, e
contrabandistas levam as cédulas para fora do país. Nos últimos tempos,
acusa o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de roubar moeda da
Venezuela. Parte da explicação está na imigração maciça de venezuelanos
ao país vizinho, pois muitos levam consigo todas as suas economias. Mas a
principal razão para a falta de cédulas no país é que nem a emissão de
dinheiro dá conta de acompanhar a inflação.
A escassez de bolívares ainda abala o comércio local com distorções,
taxas e comissões para quem tem moeda. Onde se aceita cartão de débito, o
drama é menor, ainda que se pague mais caro. “E nós que vendemos comida
de rua?”, pergunta Roberto Olivera, 53. A solução para quem não tem
dinheiro vivo, ele conta, é a promessa de que o consumidor ao chegar em
casa faça uma transferência para a conta do comerciante. “Muitos pagam,
outros somem”, resigna-se.
O
viajante se impressiona com cardápios e lojas: um bife à milanesa num
restaurante de classe média custa 1 milhão de bolívares; uma camiseta,
50 milhões. Um quilo de frango no bairro pobre do Petare, custa 4
milhões. As padarias têm tabelas para calcular a alta semanal de
determinado produto. E quase todos os comércios têm a máquina de contar
dinheiro.
Os países esquerdistas e seus ditadores giram em torno de tornar a vida dos outros tão miserável quanto as suas. Se o Brasil continua sob o comando do Lula em breve seriamos um deles. Quantos calotes o Brasil sofreu.
ResponderExcluirMas a petralha bão desiste.
ResponderExcluirTransformar o Brasil numa nova Venezuela continua sendo a meta deles.