Princesa Isabel, a Redentora
A
Princesa Dona Isabel está perpetuamente gravada na memória nacional
como "a Redentora", aquela que, a 13 de maio de 1888, sancionou a Lei
Áurea, libertando da escravidão o povo negro do Brasil. Ainda hoje, sua
memória é muito estimada pelos brasileiros, o que se comprova por ter
sido finalista na premiação "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos", de
escolha popular, promovida pelo SBT, em 2012, junto a personalidades
como Santos Dumont e Ayrton Senna.
Para além do fato histórico
que a eternizou, a filha mais velha e herdeira do Imperador Dom Pedro II
e da Imperatriz Dona Teresa Cristina foi uma mulher virtuosa, fiel aos
preceitos da Santa Madre Igreja e profundamente devota, características
sobre as quais sempre pautou sua vida e suas ações, tanto na esfera
particular quanto na pública, mas que a fizeram vítima do desapreço de
parte da classe política da época, comprometida, desde aquele tempo, com
ideais anticristãos.
Apesar de preferir o convívio familiar
aos enfadonhos despachos com os Ministros de Estado, em razão da
primorosa educação que recebeu, a então Princesa Imperial do Brasil,
três vezes Regente do Império, tinha consciência de suas obrigações e as
cumpria visando ao progresso do Império e bem comum do brasileiros;
nisso, era tão minuciosa, diligente e dedicada ao dever quanto seu
grandioso pai.
Determinada a libertar dos grilhões os negros,
quando assumiu a Regência do Império pela terceira vez, empenhou-se em
fazê-lo. Logo demitiu o escravocrata Barão de Cotegipe da Presidência do
Conselho de Ministros (Primeiro Ministro) e o substituiu pelo
abolicionista Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, ambos do
Partido Conservador, o que propiciou a aprovação da Lei Áurea. Em
momento seguinte à assinatura da lei, no Paço Imperial da Cidade, ao ser
provocada pelo Barão de Cotegipe, o qual lhe disse que aquele ato teria
como consequência a queda da Monarquia no Brasil, a Princesa Imperial
Regente, como só as grandes almas desapegadas dos bens deste mundo
poderiam dizer, respondeu: "Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu
daria para libertar os escravos do Brasil!"
Para honrá-la pelo
feito, quiseram construir, no alto do Corcovado, uma estátua de "Isabel,
a Redentora". A humilde e devota senhora recusou, mas sugeriu que no
mesmo lugar se colocasse uma imagem do único e verdadeiro Redentor,
Nosso Senhor Jesus Cristo, a abençoar todo o Rio de Janeiro e, por
extensão, todo o Brasil.
De Roma, veio o reconhecimento que
deve ter alegrado especialmente o coração da Princesa Imperial, a Rosa
de Ouro, elevada distinção que lhe foi conferida pelo Papa Leão XIII, e
que hoje se encontra no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, no Rio de
Janeiro.
Mesmo do exílio, acompanhava os acontecimentos da
República recém-instaurada e gostava de receber compatriotas em sua
residência, nos arredores de Paris. Já Chefe da Casa Imperial e
Imperatriz "de jure" do Brasil, recebia numerosos pedidos de auxílio
material de seu povo necessitado, aos quais buscava atender com
prioridade, solicitude e discrição. Também sempre procurava promover os
interesses de seu País das formas que lhe eram possíveis. Em 1901,
fez-se intermediária entre o Episcopado Brasileiro e o Papa Leão XIII,
transmitindo ao Santo Padre uma súplica que pedia a proclamação do dogma
da Assunção da Santíssima Virgem Maria.
Em outubro de 2011,
monarquistas apresentaram ao Cardeal Dom Orani João Tempesta, Arcebispo
Metropolitano do Rio de Janeiro, uma petição, com 80 mil assinaturas,
pela Beatificação da bondosa Princesa Dona Isabel. Em razão de a
Redentora ter vivido seus últimos anos de vida exilada na França, o
Cardeal Tempesta apresentou o caso ao Cardeal André Vingt-Trois,
Arcebispo de Paris, assim iniciando oficialmente o processo de
Beatificação. Desde então, as alegadas curas milagrosas por intercessão
da Redentora e toda sua vida têm sido minuciosamente investigadas e
estudadas.
Esperamos, em breve, poder vê-la sobre os altares,
como Santa Isabel do Brasil, abrilhantando a constelação de Santos da
Igreja e estando sua alma diante de Nosso Senhor para interceder pelo
seu amado povo brasileiro e pela restauração de uma sociedade
autenticamente cristã e monárquica em nosso País.
O "Breve
retrato biográfico da Princesa Isabel: para a causa de sua
beatificação", redigido pelo Prof. Hermes Rodrigues Nery, pode ser
baixado e lido na íntegra acessando o link:
https://fratresinunum.files.wordpress.com/…/1breve-retrato-…
Se a libertação dos escravos foi o grande ato da Princesa Isabel, a ingratidão dos negros com a monarquia justifica o velho proverbio : A ingratidão é o preço do favor não merecido. No episódio do plebiscito sobre o regime de governo o presidencialismo contratou para sua propaganda o negro Milton Morais, que, por dinheiro, fez tudo para desconhecer os valores da monarquia. Quem mais proveito tirou com a decisão da princesa foi quem se colocou a favor dos adversários. Uma lástima.
ResponderExcluirEspero, desejo e confia que a justiça divina venha e Isabel seja reconhecida por Deus iluminado do Espirito Santo.