Homens que fizeram Juazeiro do Norte
Será lançado neste mês de novembro, no Memorial Pe. Cícero (falta marcar a data e a hora), a 2ª edição do Livro “Gente de Expressão”
de Francisco Luiz Soares. Trata-se de uma obra que resgata a
participação de alguns cidadãos no crescimento e progresso de Juazeiro
do Norte. São biografados homens, residentes em Juazeiro do Norte, que
não viveram apenas para si, nem priorizaram ganhar apenas o próprio
sustento. Eles prestaram um serviço nobre e desinteressado, contribuindo
para a Terra do Padre Cícero chegar ao nível de desenvolvimento que hoje ostenta.
Dentre esses homens, o autor escreveu sobre os falecidos Padre Cícero
Romão Batista, José Geraldo da Cruz, Dorotheu Sobreira da Cruz, Joaquim
Cornélio, Raimundo Adjacir Cidrão, Odílio Figueiredo, Edmundo Morais,
Felipe Neri, Luciano Theophilo de Melo, Aderson Borges de Carvalho,
Antônio Corrêa Celestino, dentre outros.
No livro é feito ainda o resgate da criação e atuação da Associação Comercial de Juazeiro do Norte.
O final do ano está chegando! Esta temporada, na região do Cariri, nos
traz a floração dos flamboyants, árvores que os antigos caririenses
chamavam “sombrião”. Existem pessoas que não percebem os flamboyants
floridos nos campos ou nas cidades. Essas pessoas são muito ocupadas
para perder tempo observando a mudança do tempo e a floração das
árvores. No entanto, indiferente à reação dessas pessoas, o fim-do-ano
está chegando e com ele as flores dos flamboyants, embelezando, ainda,
mais a já bonita paisagem do Cariri...
Agostino Balmes Odísio o italiano que embelezou as cidades do Cariri
Monumento a Cristo Rei, no centro de Crato
Italiano de nascimento, Agostinho Balmes Odísio foi um escultor e
arquiteto que viveu seis anos no Cariri, entre 1934 e 1940. Neste curto
espaço de tempo, ele foi autor de bom número de obras de arte
implantadas no Cariri, sendo a mais conhecida a Coluna da Hora, com 29
metros de altura, encimada pela estátua do Cristo Redentor, com seis
metros — totalizando 35 metros — ainda hoje considerada o ícone da
cidade de Crato.
Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero em Juazeiro do Norte
Agostinho Balmes nasceu em 1881, em Turim, norte da Itália, e formou-se
pela Escola de Belas Artes daquela cidade. Na infância, foi aluno da
Escola Profissional Domingos Sávio, mantida por São João Bosco. Em 1912,
ele esculpiu um busto do Rei da Itália, Vito Emanuel II, conquistando o
1º lugar numa disputa por uma bolsa de estudo em Paris. Na Capital
francesa, foi discípulo de August Rodin, considerado, ainda hoje, o
maior escultor contemporâneo. Em 1913, com 32 anos de idade, Agostinho
Odísio resolveu emigrar para a Argentina, onde residia um irmão dele.
Entretanto, por motivos ignorados, desembarcou no Porto de Santos, em
São Paulo e permaneceu no Brasil até sua morte.
Durante 20 anos, produziu dezenas de obras de arte nos Estados de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1934, devido a problemas de
saúde, foi aconselhado a residir no Nordeste, por causa do clima quente
da região. Por acaso, leu na imprensa sobre a morte do Padre Cícero e,
vislumbrando oportunidade de negócios – por conta da religiosidade da
cidade – veio para Juazeiro do Norte, onde residiu até 1940.
Agostinho Balmes foi também responsável pelo projeto do Palácio
Episcopal de Crato, e da Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero, bem como
da ampla reforma da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, ambas
localizadas em Juazeiro do Norte. São dele os diversos projetos de
reforma de Igrejas e altares do Cariri, com destaque para as fachadas da
igrejas-matriz de Milagres e Missão Velha.
Estátua de Padre Cícero, em frente à capela do Socorro, em Juazeiro do Norte
Esculpiu aqui vários monumentos. Dentre eles, o de Dom Quintino (na Praça da Sé, em Crato), e o do Padre Cícero (em frente à capela do Socorro, em Juazeiro). Introduziu o uso de mosaico e do marmorite nos pisos das casas do Cariri.
A ideia do Geopark Araripe
Surgiu da iniciativa do então governador do Ceará, Lúcio Alcântara,
(2003-2006), após sugestão do então reitor da Universidade Regional do
Cariri, Prof. André Herzog. O professor da URCA, geólogo Alexandre Magno
Feitosa Sales foi uma peça fundamental na consolidação da ideia do
Geopark Araripe, desde o nascedouro até o reconhecimento pela UNESCO.
Para a concretização do Geopark Araripe foi assinado um “Convênio de
Cooperação entre a Universidade de Hamburgo (Alemanha) / URCA/ DAAD”,
sob a coordenação do Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e
Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburgo.
Como surgiram os “geoparks”
A ideia surgiu durante a realização da Conferência das Nações Unidas
para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, no Rio de Janeiro no ano de
1992. O megaevento ficou conhecido como a ECO-92. Na ocasião, os temas
de proteção e preservação ambiental passaram a ser destaque dentre as
principais prioridades da humanidade. Esses temas transformaram-se em
palavras de ordem em todos os roteiros de desenvolvimento, por meio de
documentos denominados “Agenda 21”.
Sobre o Geopark Araripe
Geotope da Colina do Horto em Juazeiro do Norte
Localizado no extremo-sul do Cariri, o Geopark Araripe é o primeiro
parque geológico das Américas reconhecido pela UNESCO. Inicialmente,
parte de seu território já constituía a Área de Proteção Ambiental
Chapada do Araripe, criada em 1997, e localizada no planalto próximo à
divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.
O Geopark Araripe é a maior referência turística-ambiental do Cariri e
um potencializador do desenvolvimento regional. Ele foi o primeiro do
Brasil a fazer parte, da Rede Global de Geoparks credenciados pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO). A área compreendida pelo Geopark Araripe é de aproximadamente
4.000 km², e abrange territórios dos municípios Crato, Juazeiro do
Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
A imensa importância do Geopark Araripe
Sede do Geopark Araripe, na cidade de Crato
Hoje reconhecido – pela UNESCO – como “Patrimônio da Humanidade”, o Geopark Araripe,
abrange a Bacia Sedimentar do Araripe e possui a maior reserva de
registros fósseis planeta referentes ao Período Cretáceo Inferior.
Naquele espaço foram achados registros geológicos e paleontológicos
inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e
70 milhões de anos de existência, em excepcional estado de preservação e
diversidade. No Bacia Sedimentar do Araripe está mais de um terço de
todos os registros de pterossauros descritos no mundo; mais de 20 ordens
diferentes de insetos e a única notação da interação inseto-planta. Há
similares destas mesmas espécies no continente Africano, comprovando
cientificamente que os continentes um dia foram ligados, ou seja,
formavam um só continente. Este chamado pelos cientistas de continente
primaz Gondwana.
Outra postagem de valor extraordinário.
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