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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 20 de outubro de 2018

Bolsonaro, um segundo Ronald Reagan? – por Armando Lopes Rafael



      Tenho para mim que, caso seja eleito – no próximo dia 28 – como Presidente da República, Jair Bolsonaro vai ser para o Brasil o que Ronald Reagan foi para os Estados Unidos. Reagan ainda hoje é considerado como um dos maiores presidentes dos Estados Unidos. Isso, apesar dos seus adversários políticos terem ridicularizado a sua pouca cultura. Os opositores de Ronald Reagan o definiam como o “caubói inculto”. No entanto, por suas posições firmes, pela coragem que tinha ao se definir sobre um problema, sem se preocupar com o julgamento da mídia, pelo apoio que deu à iniciativa privada, Reagan foi responsável por uma das melhores fases da economia americana e, quando deixou o governo, sua popularidade superava mais de sessenta por cento.


   Semelhante a Reagan, Bolsonaro não é nenhum, intelectual. Ele pretende reestruturar a área econômica, através dos dois organismos vitais, o novo Ministério da Economia e o Banco Central, atuando ambos formais e politicamente independentes. Bolsonaro promete fazer uma reforma da Previdência, prevendo a mudança do sistema atual de repartição (pagamento dos aposentados que é feito pelos trabalhadores ativos) pelo modelo de contas individuais de capitalização (cada trabalhador contribuirá durante a vida para sustentar seu benefício previdenciário). Anunciou que vai privatizar mais de oitenta empresas estatais deficitárias. Dentre elas a Eletrobrás, que além dos prejuízos sucessivos não dispõe de um centavo para novos investimentos. E o que dizer dos Correios que leva mais de um mês para entregar uma carta dentro do Brasil, e enfrenta sucessivos prejuízos além de viver fazendo outras tarefas que nada tem a ver com a sua finalidade?

             São medidas simples, como redução dos ministérios dos 40 atuais para 15. Acabar com a política da “base de sustentação do governo”, ou seja, o “toma lá, dá cá”. E a entrega de instituições federais a políticos incompetentes, quando elas deveriam ser administradas por técnicos preparados. Se Bolsonaro fizer o que promete, chegará ao fim do seu governo, como Reagan chegou ao término de sua administração.

         De fato, ao deixar a Presidência dos EUA, Ronald Reagan deixou seu nome marcado na história política norte-americana. Mais do que isso, ele imprimiu na administração pública daquela nação um novo modo de fazer política. Seu estilo foi sendo imitado pelos presidentes que o sucederam. Ele tornou-se sinônimo de conservadorismo e nacionalismo. Ronald Reagan dividiu opiniões, foi amado por uns e odiado por outros. Mas foi coerente com o que pregava e não decepcionou os que votaram nele.

Um comentário:

  1. Eu espero e confio que ele resgate o patriotismo dos brasileiros. Que o povo se espelhe em países como Estados Unidos e outros exemplos de democracia pelo mundo. Que o Brasil se afaste definitivamente destas ditaduras de meia tigela tão admiradas pelo PT. E, por fim que o PT seja eliminado politicamente pelo voto.

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