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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Investigação do caso WhatsApp será demorada - Por Josias de Souza.


Será demorada a investigação da Polícia Federal sobre o uso do WhapsApp para propagar falsidades com propósitos eleitorais. Investigam-se as duas campanhas finalistas da corrida presidencial, a de Jair Bolsonaro e a de Fernando Haddad. É nula a hipótese de conclusão do inquérito antes do término do segundo turno, no próximo domingo (28), informou ao blog uma autoridade que acompanha o caso.

Significa dizer que nem o inquérito aberto pela Polícia Federal nem os procedimentos deflagrados pelo Tribunal Superior Eleitoral produzirão efeitos capazes de modificar o processo eleitoral. Apura-se aquilo que a procuradora-geral da República Raquel Dodge classificou de “uso de recursos tecnológicos para propagar informações falsas ou ofensivas à honra e à imagem dos dois candidatos”.

Eventuais comprovações resultarão em contenciosos jurídicos a serem julgados após a eleição. Não há, por ora, definição quanto a prazos. Estima-se que a apuração pode se desdobrar em pelo menos duas fases. Numa, investigam-se as empresas de tecnologia e os financiadores da difusão de mensagens. Noutra, mais delicada, buscam-se os vínculos com as candidaturas.

Contribuições empresariais estão proibidas nesta eleição. Em tese, a comprovação do uso de dinheiro de caixa dois em benefício de uma candidatura configuraria abuso do poder econômico. Algo que, no limite, pode levar à perda do mandato.

Um aliado de Jair Bolsonaro reagiu à movimentação com ironia. Chamou de “fake news” o inquérito e o noticiário que o originou. Indagou: “Uma Justiça Eleitoral que, diante de provas irrefutáveis do uso de dinheiro sujo da Odebrecht, se negou a cassar a chapa Dilma-Temer, terá autoridade para questionar o mandato do Bolsonaro?”

Um comentário:

  1. No caso das denuncias da chapa Dilma/Temer quando vieram julgar a Dilma já tinha sido deposta pelo congresso, o Temer já era o presidente e tinha nomeado dois novos ministros para o tribunal. Já estava tudo enquadrado.

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