Aqui, neste sossego e apartamento,
Nesta quieta solidão sem fim,
Sem cuidado ou tormento
Que ocupe este momento,
Da vida e mundo volto-me para mim.
Tão breve sombra do que pude ser
Me encontro, tão perdida semelhança
Com minha vida por acontecer,
Tão noturna lembrança
Do dia e do viver,
Que se perturba a solidão, e eu moro
Entre homens novamente
E novamente cheio
O que fui de outros, e que rememoro,
E, memorando-o, é mais insubsistente.
Ténue, vazio, inútil, imperfeito.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Você nasce sem pedir e morre sem querer! Aproveite o intervalo
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