A Associação Cultural Brasil-Líbano e a comunidade líbano-brasileira comemoram os 135 anos da visita do imperador dom Pedro II ao Líbano. O monarca lá permaneceu de 11 a 15/11/1876, procedente da Grécia, viajando no navio Aquila Imperial, acompanhado de sua esposa, a imperatriz dona Tereza Christina Maria, e de uma comitiva de aproximadamente 200 pessoas.
Dom Pedro II percorreu o país dos cedros a cavalo, tendo à frente a bandeira verde-amarela do Brasil. De Beirute escreveu ao diplomata francês Joseph de Gobineau, que ficara em Atenas: "A partir de hoje, começa um mundo novo. O Líbano ergue-se diante de mim, com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa".
Grande admirador da cultura árabe, dom Pedro II chegou a estudar a língua com um arabista alemão. No Líbano, o imperador brasileiro encontrou-se com vários intelectuais vinculados às ciências e às artes. Como o gramático Ibrahim al-Yazigi – que lhe ofereceu livros em árabe, com dedicatória, os quais se encontram no Museu Imperial de Petrópolis – e o professor Cornelius Van Dyck, da Universidade Americana de Beirute. Deste último, Pedro II assistiu a uma aula, ao lado de Nami Jafet, um dos pioneiros da emigração libanesa para o Brasil.
Depois de visitar o patriarca da Igreja Maronita, Boulos Mass'ad, em Bkerke, o magnânimo imperador brasileiro dirigiu-se às cidades de Chtaura e Zahle. No dia seguinte, visitou os templos de Baco, Júpiter e Vênus em Baalbek. Durante a viagem, dom Pedro II muito incentivou o fluxo emigratório para o Brasil. Desde então a história da comunidade líbano-brasileira está entrelaçada com o desenvolvimento deste País nos últimos 130 anos.
Não faltam exemplos do elo afetivo entre os dois países. Em 1808, quando dom João VI chegou ao Rio com a família real, o libanês Elias Antônio Lopes ofereceu-lhe sua casa como residência, mais tarde conhecida como Paço de São Cristóvão - onde nasceu dom Pedro II - e, hoje conhecida como Quinta da Boa Vista, onde se encontra o Museu Nacional. Essa história consta nos arquivos da Biblioteca Nacional de Portugal.
Calcula-se que existam atualmente cerca de 8 milhões de libaneses e descendentes destes no Brasil. É o maior número de imigrantes do Líbano no mundo. Sua presença é notável nos diversos setores de atividade: são médicos, artistas, esportistas, intelectuais, empresários, políticos... Todos participando do crescimento do País, lado a lado com brasileiros natos e imigrantes de outras partes do mundo, e assim contribuindo para a formação e o engrandecimento da Nação brasileira.
(*) Lody Brais é presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano em São Paulo.
E-mail:brasil.libano@gmail.com
Prezado Armando.
ResponderExcluirUm dos argumentos que me convence e me deixa favorável a monarquia é o fato do trono passar de pai para filho. Qual o pai que gostaria de deixar para o filho se não o melhor dele?
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ResponderExcluirAlém do mais, a sucessão de um rei não provoca divisões, como provoca as eleições para a escolha de um presidente.
O Poder Real não tem cor política.
O Presidente é sempre eleito por uma facção e quando chega ao poder é um pai para os seus correligionários e um padrasto para seus adversários.
Ainda que o eleito receba 51% dos votos, significa que 49% da população não o queriam no poder. Toda eleição para presidente consome milionárias somas de dinheiro.
O Rei ascendendo ao trono pelo nascimento, não provoca divisões nem lutas de opinião na sociedade. Não é candidato. É aceite previamente, sem discussão, não tem rivais. Não tem filiação partidária. É unanimidade de toda a nação, como ocorre no Japão,Suécia,Noruega, Dinamarca, Holanda, Inglaterra (e por extensão Canadá, Austrália, Escócia, País de Gales), Espanha, dentre outros...
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ResponderExcluirJosé Maria Pemán, um brilhante intelectual espanhol, no livro "Cartas a um céptico sobre as formas de Governo", escreveu: "Em princípio, não há processo de designação mais contrário à essência da magistratura suprema do que a disputa eleitoral: deve ser uma magistratura para todos – e é eleita por um partido; deve ser um poder imparcial e sereníssimo – e nasce das paixões da luta; deve ser um símbolo unanimemente respeitado – e expõem-no durante o período eleitoral que precede a sua ascensão, , a todos os embates da crítica, da discussão, da caricatura e do libelo" (Edições Gama, Lisboa, 1941, p.71).
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ResponderExcluirOs melhores argumentos a favor da Monarquia são os fatos. Exemplos reais se multiplicam. Todos os indicadores são favoráveis a forma monárquica de governo. Examinemos os mais importantes.
Vejamos a economia. Constata-se que as monarquias geram mais da metade do PIB mundial. Este dado, que de "per si" já é impressionante, torna-se mais marcante quando verificamos que sua população não ultrapassa a casa dos 10% de toda a população da terra.
Por consequência, a renda “per-capita” média encontrada dentre os que vivem sob a forma monárquica de governo é muito maior do que a daqueles que vivem sob as repúblicas. Duas vezes e meia maior.
Estes fatos concordam com outros dados econômicos, especialmente quando se verifica que das 12 economias mais fortes do mundo atual, 8 são monarquias.
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ResponderExcluirDepois devemos conferir os “Aspectos sociais”, onde a situação é ainda mais favorável às monarquias. Alguns levantamentos são extremamente significativos.
O "Índice Maternal", publicado todo ano pelo grupo Salvem as Crianças, comparam-se as condições de vida para assistência às mães e filhos em 117 países (Reuters 06/05/03).
Os dez países primeiros colocados nessa lista são: Suécia, Dinamarca, Noruega, Suíça, Finlândia, Canadá, Holanda, Austrália, Áustria e Grã-Bretanha. Destes, 7 são monarquias e 3 são repúblicas.
Os dez últimos, Níger, Burkina Fasso, Etiópia, Guiné-Bissau, Angola, Chade, Mali, Iêmen, Serra Leoa e Guiné, sem exceção alguma, são todos repúblicas
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ResponderExcluirO mais surpreendente: a Monarquia sai mais barata do que a República.
Nansen, o líder da independência da Noruega, ao chegar o momento de escolher a forma de governo para o seu país, apresentou ao Parlamento as opções: Monarquia ( que foi votada no Parlamento por 100 votos) e a República (que teve míseros 4 votos).
A quem lhe censurou o estranho procedimento, Nansen respondeu: "Não hesitei em preferir a Monarquia por três razões: é mais barata, permite mais liberdades, tem mais autoridade para defender os interesses permanentes do país perante o estrangeiro".
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ResponderExcluirNo Brasil os golpistas que implantaram a República, em 1889, justificavam a queda da Monarquia argumentando, entre outros sofismas, que ela saía cara aos cofres públicos.
Não era verdade.
Desde 1841, e por 48 anos longos anos, a dotação da Família Imperial brasileira era 67 contos de réis por mês. E veja que o Orçamento Geral do Império do Brasil cresceu dez vezes, naquele período, pois o país tinha progresso.
Uma das primeiras medidas do marechal Deodoro da Fonseca foi aumentar o salário do presidente da República para 120 contos de réis por mês, quase o dobro do que recebia toda a Família Imperial!