A Rede Globo, que ajudou a implantar uma ditadura militar no Brasil e dela se beneficiou amplamente, construindo de mãos dadas com os generais o maior monopólio de comunicação do mundo, volta a flertar com os quartéis.
O grupo midiático usou dois de seus principais colunistas, Merval Pereira e Ricardo Noblat, para disseminar a tese de que os militares estariam prontos para colocar ordem na casa – assim como em 1964.
“Já há algum tempo, diante do agravamento da crise político-econômica, militares de alta patente estão conversando com lideranças civis de diversos setores da sociedade, e agora consideram que está na hora de o mundo político encontrar saídas constitucionais para o impasse em que estamos metidos, com o Congresso, que é o único caminho para uma solução em moldes democráticos, paralisado diante de sua própria crise”.
Merval diz ainda que “alguma coisa terá que ser feita, e rápido”.
“A crise ganhou um novo componente. Ele veste farda e tem porte de arma. Sua entrada em cena, ontem, foi o fato mais importante do dia em que o país quase parou, surpreso com o que acontecia em São Paulo. Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída”, escreveu Noblat, que defendeu ainda que, no passado, a corrupção era mais ‘sadia’.
Roberto Marinho andou de braços com todos os presidentes da chamada ditadura militar. Os seus empregados faziam e obedeciam as ordens direitinho. De uma hora para outra esses jornalistas se tornaram opositores dos generais. Durma-se com uma coisa dessas.
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