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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 30 de julho de 2023

"Blog do Antônio Morais" postagem inicial - Por Antônio Morais.


Dois nativos do Sanharol - André Menezes e Antônio Morais levando  um lero prazeroso.

Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.

A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios.

O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante.


Vista do Sanharol a cidade, a Serra Negra e a lua a iluminá-las.

Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. 

Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.

Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Veem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginaria.

Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.

Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio.

Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.



4 comentários:

  1. Feliz daquele que tem a capacidade de sentir saudades.

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  2. Morais,
    Várzea Alegre é uma cidade privilegiada em vários setores,mas se destaca ,de modo prioritário ,no Amor que seus filhos dedicam à sua terra natal.
    E você,Morais,parece-me que pegou a procuração desse povo todo para narrar e deixar patente à História,os fatos políticos e administrativos,a Alma de sua cidade ,que é representada por suas famílias,seus personágens políticos,folclóricos que tornam Várzea Alegre um destaque no cenário estadual e nacional,e você é mais um dos seus filhos que a engrandessem.
    PARABÉNS!!!

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