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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 17 de julho de 2023

105 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Dr. Lemos, médico, diretor do colégio e professor de matemática.

Outro dia, recebi uma mensagem de um filho de um amigo, parente e camarada, ex-colega do Ginásio são Raimundo, em Várzea-Alegre dizendo que muitas vezes ouviu o pai contar as nossas histórias, traquinagens e peraltices. Ele gostaria que contasse alguma história do nosso tempo de estudante.

Ele lembrava de pelo menos duas que o pai dele contava : A serenata e a prova de matemática que eu passei a pesca para uma colega e quando recebi o resultado a colega teve nota dez e eu cinco. Questionado Dr. Lemos, o professor como podia as provas com os mesmos acertos uma validar dez e a outra cinco. 
O professor me mandou por a mão na "consciência". É que o professor viu quando eu passei a pesca para a vizinha de carteira.
Este fato nunca foi esquecido pelo meu colega. Sempre que ele me avistava, onde fosse, de longe gritava a todo pulmão : "Ponha a mão na consciência".

Uma coisa que eu não sei e não consigo é escrever sobre encomenda. Mas, não posso e nem devo deixar de atender ao  filho do meu ex-colega, preservando o nome. Vou escrever com a caneta da saudade. 

Por volta de Setembro de 1967, ouviu-se a Rádio Educadora do Cariri anunciar o filme - Dr. Jivago. Uma turma de amigos de Várzea-Alegre resolveu ir ao Crato ver o Filme. 

Além de mim os amigos :

Antônio Gomes de Morais.
Raimundo de Zé Bitu.
Almir Brito de Morais.
João Bosco Teixeira de Morais.

Meio de transporte a rural de Valdir Freire, Valdir de Dudu. Chegando em Crato, Valdir ficou no carro para descansar e nós adentramos no Cine Educadora. Filme muito longo, quatro horas de duração se não mais. Para terminar a aventura voltamos via Farias Brito, estrada carroçável, poeira, catabi e muito sono.

Infelizmente esta história não tem testemunhas, apenas eu para contar, os demais amigos já não estão entre nós, o último a fazer a curva e passar para o andar de cima foi o dono da Rural Valdir de Dudu.



4 comentários:

  1. Saudade não é saudade.
    Saudade é só lembrança.
    Saudade só é saudade.
    Quando não resta esperança.

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    1. O que é dito pelo amigo, não necessita de testemunho. Agora seria marvilhoso se todos ainda estivessem aqui e relembrassem juntos.

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  2. Dr. Lemos era um homem amigo, caridoso, humano e muito inteligente. Um dia ele comprou um automóvel zero quilômetros, estacionou em frente ao consultório. Ao retornar viu um menino com uma tampinha de garrafa riscando o carro : Ele olhou para o menino e disse : "Não faça isso não, você vai estragar a sua tampinha". O menino parou.

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