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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 22 de julho de 2023

111 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Menandro e Dona Rosária moravam no sítio Riacho do Meio - Várzea-Alegre. Casados há mais de setentanos. Menandro foi internado com grave enfermidade. Vieram os filhos, netos e bisnetos de todos os cantos do mundo. 
O médico recomendou que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir seu último desejo: O de morrer em casa, ao lado de seus entes queridos.
Menandro foi para o quarto e as visitas foram se revezando para consolar e dar conforto em seu derradeiro momento.
De repente o Menandro sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha. Era a Rosária tirando da cuscuzeira um pão de arroz com amendoim. 
Os olhos brilharam e ele se reanimou. Então, pediu ao bisneto que estava ao lado da cama com ele: "Filho, vai na cozinha e pede um pedaço daquele pão de arroz pra teu bisavô".
O guri foi e voltou muito rápido. 'E o pão de arroz?' - Perguntou Menandro. 
"A vó disse que não"! 
'Mas, que pouca miséria, que velha sovina desgraçada! 
O que ela falou?
"A vó disse que o pão de arroz é para o pessoal que vem para o velório".

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