Do posto de observação de minha "bolha", percebo que muitas coisas não estão batendo bem.
Verifico, por exemplo, que o individualismo reinante nos faz desaprender a viver com o outro.
Têm pessoas com náusea da humanidade. Fazem da indiferença uma disciplina. As pessoas moram perto umas das outras e não se veem.
Os velhos valores morrem à míngua, o tempo todo.
Se deixam consumir por saudades que se perderam no túnel do tempo.
Não há a compreensão de que, emocionante ou angustiante, a vida é o que se pode extrair dela.
Cada vez mais, de forma nítida, a hipocrisia continua sendo um dos mais sólidos pilares da vida social.
Observa-se, com tristeza, que as cidades estão muito doentes: em cada esquina, abre-se uma drogaria.
Ao mesmo tempo, se fecham livrarias, ignorando-se que o livro tem poderes curativos. Cura do fígado à alma.
Enfim, direto do periscópio da minha "bolha", encaramos a impotência de não modelarmos nada. Nos adaptamos às circunstâncias, como elas se apresentam.
Compreendem?
Comentário do Antônio Morais:
Como prova de sua observação veja esta foto: Praça Siqueira Campos, em Crato, que o amigo tanto conheceu e conhece.
O flabelar dos leques de seis palmeiras é o que lhe resta para testemunhar a derrubada de outras árvores, a troca do piso e dos bancos que não encontram mais quem os ocupe.
Não há mais o afeto do flerte, o encanto do trocar de olhares, porque tudo isso desapareceu, está em desuso, fora de moda. Uma pena. Inacreditável ver essa praça assim vazia de gente.
Presado amigo Wiltom Bezerra - Nos comentários não tem como a gente postar fotos, e, eu precisava comentar a sua bela cronica com a foto da praça Siqueira Campos, em Crato, vazia de gente. Cabe bem aquela velha expressão : Quem te viu, quem te ver!
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