PARA ACORDAR O GIGANTE
Meu nome é Mundim do Vale
Morador desse sertão,
Se alguém quiser que me cale
Não me conte nada não.
Eu assisti no jornal
Que soltaram o Nicolau
Por ser do judiciário.
Logo aquele dito cujo
Que tava muito mais sujo
Do que cordão de rosário.
Até no espírito Santo
O espírito mal baixou,
Lá o cambalacho é tanto
Que o santo não perdoou.
Eu acho muito esquesito
Mas será se é o Benedito
Ou o governo do estado?
Enquanto alguns enchem o saco
O pobre anda mais fraco
Do que jantar de guisado.
Depois que a promotoria
Resolveu ficar de olho,
Tem político hoje em dia
Que está com a barba de molho.
Tem uns que largam o poder
Vão brincar de esconder
Ninguém sabe o paradeiro.
F.H.C. Perturbado
Fica mais aprerreado
Que barata em galinheiro.
A energia já era
Por falta de eficiência,
A única coisa que gera
É desemprego e falência.
O pais semi-apagado
Porque vive ameaçado
Com medo de apagão.
E o povo sem socorro
Perdido igual a cachorro
Que acompanha procissão.
No senado não demora
Um presidente também,
O Jáder já foi embora
Criar rã lá em Belém.
Não sei o que está havendo
Mas pra mim, tá parecendo
Com coisa de cambalacho.
O senado tá sem tino
Trocando mais que menino
Em areia de riacho.
O Nordestino não sabe
Porque não presta atenção,
Mas quem mexe na CONAB
Está furtando o sertão.
O que o verso quer dizer
Se alguém quiser saber
Digo tim-tim por tim-tim.
Sou um poeta sem estudo
Mas dou notícia de tudo
Do pais tupiniquim.
Mundim do Vale.
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