João Pedro e o poeta Mundim do Vale.
O coronel foi julgado
Sendo logo absolvido
O animal foi culpado
Pelo crime acontecido
Dizer aqui eu não posso
Se o homem teve remorso
De um crime tão horroroso
O que a historia diz
É que ele era feliz
Muito rico e poderoso.
Sua família cresceu
E o casa foi esquecido
Até que um dia nasceu
O seu neto preferido
Era tanto do afeto
Que com o nome Romeu Neto
O bebê foi batizado
Tornou-se um moço vaidoso
Violento e rancoroso
Era o avô copiado.
Mas quando foi certo dia
O rapaz adoeceu
Foi a maior correria
Para o seu avô Romeu
Era uma infecção
Em forma de cinturão
Que o povo chama cobreiro
Levaram pra capital
De hospital em hospital
Gastando muito dinheiro
Depois de tanta despesa
O mal já chegava ao peito
Um medico usou de franqueza
Disse que não tinha jeito
Aconselhou a voltar
Que só restava rezar
Pra ele morrer em paz
Que só mesmo a mão divina
Pois a própria medicina
Não tinha o que fazer mais.
Voltaram para o sertão
Já com o tempo marcado
O avô com depressão
E o neto desenganado
Mas como deus não esquece
De vez em quando aparece
Uma santa mensageira
Chegou lá uma criatura
Disse que havia cura
Pelas mãos da rezadeira.
Ela disse: Seu Romeu
Quem tem fé, pode ter sorte
A cura do neto seu
Pode chegar lá do norte
Vá buscar a rezadeira
Antes de segunda feira
Não peque por omissão
A moça vem sem demora
Cura seu neto na hora
Somente com oração.
Acompanhe a penúltima parte amanha.
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