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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 9 de julho de 2013

A GRANDEZA DO PERDÃO PARTE 02 - MUNDIM DO VALE

João Pedro e o poeta Mundim do Vale.

O coronel foi julgado
Sendo logo absolvido
O animal foi culpado
Pelo crime acontecido
Dizer aqui eu não posso
Se o homem teve remorso
De um crime tão horroroso
O que a historia diz
É que ele era feliz
Muito rico e poderoso.

Sua família cresceu
E o casa foi esquecido
Até que um dia nasceu
O seu neto preferido
Era tanto do afeto
Que com o nome Romeu Neto
O bebê foi batizado
Tornou-se um moço vaidoso
Violento e rancoroso
Era o avô copiado.

Mas quando foi certo dia
O rapaz adoeceu
Foi a maior correria
Para o seu avô Romeu
Era uma infecção
Em forma de cinturão
Que o povo chama cobreiro
Levaram pra capital
De hospital em hospital
Gastando muito dinheiro

Depois de tanta despesa
O mal já chegava ao peito
Um medico usou de franqueza
Disse que não tinha jeito
Aconselhou a voltar
Que só restava rezar
Pra ele morrer em paz
Que só mesmo a mão divina
Pois a própria medicina
Não tinha o que fazer mais.

Voltaram para o sertão
Já com o tempo marcado
O avô com depressão
E o neto desenganado
Mas como deus não esquece
De vez em quando aparece
Uma santa mensageira
Chegou lá uma criatura
Disse que havia cura
Pelas mãos da rezadeira.

Ela disse: Seu Romeu
Quem tem fé, pode ter sorte
A cura do neto seu
Pode chegar lá do norte
Vá buscar a rezadeira
Antes de segunda feira
Não peque por omissão
A moça vem sem demora
Cura seu neto na hora
Somente com oração.

Acompanhe a penúltima parte  amanha.

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